Vadão diz que goleada poderia ser maior e não confirma Marta
Treinador elogiou a postura da equipe, mas lamentou a enorme quantidade de chances perdidas pela Seleção Brasileira na partida
Os três gols de Cristiane deram a vitória de 3 a 0 ao Brasil contra a Jamaica na estreia da Copa do Mundo feminina, neste domingo, no Stade des Alpes, em Grenoble (FRA). Após o confronto, o técnico Vadão elogiou as jogadoras pela partida feita, mas lamentou a quantidade de gols perdidos pela equipe. As brasileiras poderiam ter feito uma vantagem maior no placar pelo domínio.
"Começamos bem. Tivemos uma vitória muito boa. Poderia ter sido mais elástica. A gente não pensa na goleada, mas sim no saldo de gols no final dos três jogos. Mas de qualquer forma me deixou satisfeita a equipe, jogamos uma partida muito boa e consciente. Os erros do fim do jogo foram mais por causa do desgaste físico", salientou
O treinador, inclusive, não confirmou se contará com Marta para o duelo contra a Austrália, na próxima quinta-feira. A camisa 10 ficou no banco de reservas, apesar de não ter condições de entrar em campo por conta da lesão muscular na coxa esquerda. "Quem escala a Marta é o departamento médico", disse o treinador. Ele afirmou que ainda vai conversar com a comissão e a própria atleta para definir.
"Tive o cuidado de dizer que a Marta queria ficar com as companheiras, pois poderiam achar que ela estava em condições de jogar. Eu espero o aval do departamento médico para escalar ela. Não é técnico. Ela treinou hoje e ontem, está treinando mais forte a cada dia", disse, falando ainda sobre as mudanças feitas no time.
"Estamos em momento de cuidado com as atletas, tivemos muitos problemas de lesões. Foi mais uma prevenção às substituições que foram feitas", completou.Na próxima rodada, o Brasil encara a Austrália, algoz recente e que costuma dar dificuldade às brasileiras. Na estreia, as australianas perderam para a Itália de virada e fazem jogo de vida ou morte na próxima quinta-feira, às 13h.
"A Jamaica é uma equipe que não faz uma pressão muito forte. Conseguimos tocar entre as linhas, foi um jogo mais apoiado porque a maneira do adversário permite. Em alguns momentos não vamos conseguir fazer isso. A Austrália é um adversário desagradável para nós, mas nós também somos para elas. Vai ser um jogo dificílimo. A Itália cresceu nos últimos anos. Já é um jogo totalmente diferente. Temos que estudar bem", avaliou Vadão.