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Tradicional x moderno: Botafogo é único na Série A sem numeração fixa

Glorioso entra em campo desde 2015 com jogadores escalados de 1 a 11. Diretor de Marketing comenta possível mudança

14 jun 2019 - 08h02
(atualizado às 08h02)
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O torcedor botafoguense tem orgulho de chamar o time de Mais Tradicional. E esse tradicionalismo é visto nos uniformes. Isso porque o Glorioso é o único clube na Série A que não adotou a numeração fixa para 2019, sendo essa a quinta temporada seguida do alvinegro sem a prática que se tornou comum no futebol moderno.

Diego Souza assumiu a responsabilidade de vestir a mítica camisa 7 do Botafogo. (Vitor Silva/Botafogo)
Diego Souza assumiu a responsabilidade de vestir a mítica camisa 7 do Botafogo. (Vitor Silva/Botafogo)
Foto: Lance!

O Botafogo voltou a jogar com a escalação tradicional, de 1 a 11, no primeiro ano da gestão Carlos Eduardo Pereira, em 2015. Desde então, a numeração fixa só é utilizada em torneios internacionais como Libertadores e Sulamericana, onde os atletas são inscritos com determinados números até o final da competição. Independentemente disso, o clube buscou jogadores renomados para vestirem a mítica camisa 7, casos de Walter Montillo, em 2017, e agora, Diego Souza.

E foi o novo reforço do Botafogo que contribuiu para a melhora nas vendas de produtos. No dia da apresentação de Diego Souza, a loja oficial vendeu o equivalente a R$ 20 mil em camisas. O Diretor de Marketing do clube, João Vieira, reconheceu a importância de associar determinado número a um jogador, mas revelou que a decisão da volta à numeração fixa precisa ainda ser discutida internamente.

- O Botafogo, tradicionalmente, reforçou sua marca com jogadores usando determinado número. Você fala na camisa 7, lembra do Garrincha, Maurício e Túlio. Fala da 13, lembra do Loco Abreu e Zagallo. A 6, do Nilton Santos. Do ponto de vista do marketing, é bom ter essa associação. Por outro lado, não ter, facilita na hora do uso do material. Nós vamos conversar com o departamento de futebol. É uma decisão mais deles, que passa pelo Gustavo Noronha (Vice-Presidente de Futebol), Anderson Barros (Gerente de Futebol), Eduardo Barroca e jogadores. Posteriormente, vem o comercial e o marketing. Precisamos realizar um estudo, uma análise sobre o impacto que isso pode gerar em vendas.

Sobre o acordo com a Kappa, oficializado na última quarta feira, o dirigente lembrou da passagem da marca italiana por General Severiano e prometeu que os torcedores alvinegros gostarão dos novos uniformes. O lançamento está previsto para ocorrer depois da Copa América.

- Certamente faremos uma festa. A expectativa é lançar diversas linhas, com diferentes preços. Uma linha social, uma oficial e outra mais popular. Esses uniformes vão ser muito alinhados com o que a torcida gosta e atrairão o público. A Kappa já tem experiência em design e estilo. No período em que estiveram conosco, entre 2004 e 2009, tivemos boas vendas. Muitos torcedores tem falado nas redes sociais sobre a expectativa.

Além dos uniformes para a equipe masculina principal, a Kappa vai produzir o material para as categorias de base e também para o time de futebol feminino. Nos esportes olímpicos, como vôlei e basquete masculinos, o planejamento do Botafogo é ter uma marca própria nos equipamentos.

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