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Torcedor acusado de racismo se defende: "Tenho amigos negros"

Adrierre Siqueira da Silva, de 37 anos, e seu irmão, Natan Siqueira Silva, de 28 anos, se apresentam à Polícia Civil para depoimento

12 nov 2019 - 18h25
(atualizado às 18h44)
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Os dois homens que aparecem em um vídeo atacando verbalmente o segurança do Mineirão, Fábio Coutinho, após o clássico do último domingo entre Cruzeiro e Atlético-MG, pelo Brasileirão, se apresentaram à Polícia Civil de Minas Gerais para prestarem depoimento.

Adrierre Siqueira da Silva, de 37 anos, e  seu irmão, Natan Siqueira Silva protagonizaram (Reprodução/Twitter)
Adrierre Siqueira da Silva, de 37 anos, e seu irmão, Natan Siqueira Silva protagonizaram (Reprodução/Twitter)
Foto: LANCE!

Os irmãos Adrierre Siqueira da Silva, de 37 anos, e Natan Siqueira Silva, acusados de cometer injúria racial contra o segurança, deram uma declaração à imprensa e disseram que querem encontrar a vítima para pedir desculpas.

Adrierre e Natan Siqueira Silva foram ouvidos no Departamento de Operações Especiais (Deoesp), na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Natan negou que tenha chamado o segurança de macaco como teria sido alegado por Fábio e tentou se defender, falando que tem convivência pacífica com negros.

- De forma alguma, tanto é que eu tenho irmão negro, tenho pessoas que cortam o meu cabelo que são negros, amigos que são negros. Isso não foi da minha índole, pelo contrário. A forma que está circulando nas redes sociais, na imprensa, que eu dirigi a palavra a ele de 'macaco', de forma alguma eu falei aquilo. A palavra direcionada foi 'palhaço' e não 'macaco' - disse.

Adrierre, que cuspiu no segurança e em seguida gritou: "Olha sua cor!", disse estar arrependido e afirmou que estava exaltado na hora do ato impensado.

- Estava com os ânimos exaltados na hora do jogo e quero pedir perdão a ele, por todos os insultos que eu fiz, pelo cuspe que eu proferi. Aquilo não é da minha índole.

Lamento do segurança

O segurança Fábio Coutinho, de 42 anos, há três como funcionário do estádio, lamentou o ocorrido como o mais complicado de sua carreira. Ele explicou como aconteceu a agressão verbal.

- A nossa intenção era barrar a ida dos atleticanos para uma área restrita, a área da imprensa, mas os atleticanos queriam passar de qualquer jeito. Foi triste, foi pesado demais. 'Olha sua cor, não põe a mão em mim'. Então, pela minha cor, eu sou inferior a outro ser humano? - contou.

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