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Presidente do Corinthians diz que Oswaldo não fez 'o mínimo'

Demitido apenas dois meses após dua contratação, Oswaldo de Oliveira foi 'um erro' do Corinthians, diz Roberto de Andrade. Pressionado até por aliados, mandatário admite culpa

15 dez 2016 - 15h22
(atualizado às 15h37)
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Roberto de Andrade apostou em Oswaldo de Oliveira à revelia de boa parte de seus oposicionistas e mesmo da torcida do Corinthians. Após dois meses, pressionado até por aliados da diretoria, decidiu encerrar a passagem do experiente treinador com apenas nove jogos. Em pronunciamento nesta quinta-feira, dia da oficialização da demissão, o presidente do Timão admitiu ter errado na contratação do técnico e reconheceu também a pressão política que ocasionou a saída.

"Trouxemos o Oswaldo porque acreditávamos na competência dele, ele passou pelo Corinthians e conquistou grandes títulos. Logicamente que a pressão, esse contra de todo mundo, que particularmente eu não consigo enxergar, e os resultados apresentados por ele nesses dois meses... Sabíamos que não dava para fazer muita coisa nesse curto espaço de tempo, mas a resposta dada nesses dois meses de trabalho também não foi o mínimo que esperávamos", disse, antes de completar o raciocínio e admitir pressão.

"No futebol a cobrança é grande, ainda mais no Corinthians, que busca títulos. Vamos disputar grandes títulos anos que vem e sabíamos que seria uma pressão ainda maior. Poderiam acontecer resultados bons, sim, mas eu não tenho bola de cristal. Se soubéssemos que o treinador não daria certo... O importante é que a gente corrija o erro, é o que estamos fazendo. Vamos por o Corinthians novamente no topo."

Em nove jogos, Oswaldo de Oliveira acumulou duas vitórias, quatro empates e três derrotas. Na Copa do Brasil, comandou um dos dois jogos das quartas de final e foi eliminado mesmo em vantagem e no Brasileirão assumiu e saiu em sétimo lugar, sem vaga na Libertadores de 2017. Na busca pelo novo treinador, Roberto de Andrade já explicou os erros que não espera que se repitam.

"Sabemos que você pode errar, mas persistir no erro é pior ainda. Claro que a ideia é que o próximo treinador não fique dois meses, mas cinco ou dez anos. Para isso acontecer é preciso ter resultado, no futebol sem resultado fica difícil. Se o elenco não funciona, tem que mexer no elenco também, é o que iremos fazer."

"Se todo mundo estiver contra o Oswaldo e eu estou tirando o Oswaldo, acho que estou agradando. Mas não fiz isso para agradar, não por problema político, mas em prol do Corinthians. Se isso contribuir (contra o impeachment), ótimo."

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