Na década, Oswaldo não emplacou bons trabalhos. Veja o retrospecto

Após comandar o Fluminense diante do Corinthians, Marcão passou o bastão para Oswaldo de Oliveira e a partir desta sexta-feira, a responsabilidade em colocar o Tricolor no caminho das vitórias passa a ser, de fato, do experiente treinador. Aos 68 anos, Oswaldo vai ter mais uma chance de tentar emplacar um bom trabalho, o que não foi comum nesta década.

No início da década, Oswaldo estava finalizando uma trajetória de quatro anos e oito meses no Kashima Antlers, do Japão. Pelo clube conquistou sete títulos, comandando o time em 213 jogos, somando 117 vitórias, 53 empates e 46 derrotas.

Ao retornar ao Brasil em 2012, Oswaldo de Oliveira assumiu o Botafogo e fez o seu último grande trabalho. No primeiro ano, foi vice-campeão carioca e terminou o Brasileiro em 7º lugar. Na temporada seguinte, conquistou o estadual e ao lado de Seedorf, levou o Glorioso para a Libertadores após 18 anos. Sob o comando do técnico, o Botafogo venceu 60 partidas, empatou 36 e perdeu 31.

O belo trabalho no Botafogo fez Oswaldo de Oliveira ser contratado pelo Santos, em 2014. No entanto, o treinador não conseguiu repetir o bom desempenho. No Peixe, foi vice-campeão paulista ao ser derrotado para o Ituano, nos pênaltis. Acabou sendo demitido após a 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, curiosamente após uma derrota para o Botafogo, por 1 a 0, deixando o Santos na 11ª colocação. Em 44 jogos, venceu 25, empatou nove e perdeu dez.

Em 2015, continuou no futebol paulista, dessa vez comandando o Palmeiras. Entretanto, os resultados foram parecidos com os do trabalho pelo Santos. Acabou novamente com o vice-campeonato paulista, perdendo para o antigo clube, novamente nos pênaltis. Após um início irregular no Brasileiro, foi demitido ao fim da 6ª rodada. Pelo Verdão foram 29 partidas, 15 vitórias, sete empates e sete derrotas.

No mesmo ano, assumiu o Flamengo, iniciando a segunda passagem pelo Rubro-Negro. Apesar de ter sido eliminado para o Vasco na Copa do Brasil, o time sob o seu comando conseguiu emplacar uma sequência de seis vitórias consecutivas, deixando para trás a zona de rebaixamento. O Flamengo acabou perdendo a força e faltando duas rodadas para o fim do Brasileiro, deixou o clube. Em 18 jogos, conquistou oito vitórias, três empates e sete derrotas.

No Sport, Oswaldo de Oliveira teve o seu pior desempenho na década atual. De início, assumiu a equipe na decisão do Campeonato Pernambucano e acabou novamente perdendo o título, que ficou com o Santa Cruz. O rival estadual foi algoz do treinador ao bater o Rubro-Negro também na Copa Sul-Americana. Mesmo assim, Oswaldo permaneceu no comando do time até 30ª rodada do Brasileirão, porém não resistiu à derrota para a Chapecoense por 3 a 0, o que causou a sua demissão. Deixou o Leão da Ilha do Retiro na 16ª posição, com um ponto acima do Z4. Ao todo, somou nove vitórias, nove empates e 16 derrotas.

Apesar do péssimo desempenho, logo na rodada seguinte à demissão do Sport, Oswaldo de Oliveira já estava empregado pelo Corinthians, comandando a equipe paulista até o fim do Brasileirão, conquistando duas vitórias, quatro empates e duas derrotas. Quando assumiu, o time era 9ª colocado e quando terminou a competição, subiu duas posições. Nesse período, o Corinthians estava nas quartas de final da Copa do Brasil e no primeiro jogo, venceu o Cruzeiro por 2 a 1, sob o comando do então interino, Fábio Carille. No jogo da volta, com Oswaldo de Oliveira, o Timão perdeu por 4 a 2 e foi eliminado.

Mesmo sem sucesso nos últimos dois trabalhos no Brasil, Oswaldo de Oliveira foi contratado pelo Al-Arabi, do Qatar. A passagem pelo Oriente Médio durou pouco, menos de quatro meses. Comandando a equipe por dez jogos, conquistou duas vitórias, três empates e cinco derrotas.

De volta ao Brasil, Oswaldo de Oliveira foi contratado pelo Atlético-MG e de certa forma, conseguiu se recuperar dos três trabalhos ruins em sequência. Quando chegou, o Galo ocupava a 11ª posição e após 13 rodadas, com seis vitórias, cinco empates e duas derrotas, subiu duas posições, ficando de fora da Pré-Libertadores, por uma vitória a menos que a Chapecoense. Apesar da boa campanha, Oswaldo seguiu à sina de ser vice e acabou sendo derrotado na final da Primeira Liga, pelo Londrina, nos pênaltis. Em 2018 foi demitido após seis partidas, não apenas pelos resultados, mas também pelo desentendimento que teve com o jornalista Léo Gomide, na época, da Rádio Iconfidência.

Em abril de 2018, Oswaldo de Oliveira retornou ao Japão para comandar o Urawa Reds Diamond, iniciando o seu último trabalho antes de fechar com o Fluminense. Pelo clube japonês conquistou a Copa do Imperador. No entanto, um pouco mais de um ano depois, no fim de maio, o treinador foi demitido depois de uma sequência negativa de quatro derrotas consecutivas no Campeonato Japonês. Em 53 jogos, foram 27 vitórias, nove empates e 17 derrotas.