Ídolo do Santos, ex-goleiro Cejas morre aos 70 anos
Terceiro estrangeiro com mais jogos na história do Santos (atrás só de Rodolfo Rodriguez e Ramos Delgado), o ex-goleiro argentino Agustín Mario Cejas morreu na madrugada desta sexta-feira, na Argentina, aos 70 anos. Cejas defendeu apenas cinco clubes em sua trajetória profissional, com especial destaque para o Racing, em que somou mais de 300 partidas em duas passagens. Pelo Peixe, clube que jogou entre 1970 e 1974, foram 253 jogos, um título do Campeonato Paulista (1973) e um lugar marcado na história.
Além do Racing e do Santos, Cejas ainda defendeu o Huracán e o River Plate, da Argentina, e o Grêmio, do Brasil. Ele pendurou as chuteiras em 1981 e se aventurou na vida fora dos gramados como treinador, inclusive do Racing onde havia sido campeão da Libertadores e Mundial como jogador.
Cejas foi contratado pelo Santos por ter fechado o gol em um amistoso da seleção da Argentina contra o Brasil de Pelé. Na Vila Belmiro, porém, foi contestado em seu início de passagem, e levou o Rei a dizer publicamente que o argentino ainda "queimaria a língua de muita gente". Cejas enfim se firmou no Peixe em 1971 e dois anos depois conquistou seu único título, o Paulistão dividido com a Portuguesa, quando pegou dois pênaltis que confudiram o árbitro Armando Marques na contagem final.
O Paulistão de 1973 foi o primeiro título do Santos em quatro anos, logo após o clube conquistar praticamente tudo o que se disputava naquela época, entre os anos 50 e 60. Cejas t
ambém foi o primeiro Bola de Ouro da Revista Placar (em premiação dividida com Anchieta) e defendeu a seleção do "Resto do Mundo" em um amistoso que marcou a despedida de Garrincha da Seleção Brasileira.
Cejas sofria há alguns anos com o Mal de Alzheimer, e já não frequentava eventos em sua homenagem, como a inauguração de um setor com seu nome na Avellaneda. Em março, Santos e Racing homenagearam os 70 anos do ídolo eterno. A imagem de Cejas está gravada no muro do CT Rei Pelé, na Baixada Santista.
