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Grã-Bretanha pode superar marca de Londres e fazer história na Rio-2016

Após campanha vexatória em Atlanta-1996, britânicos podem se tornar o primeiro país-sede de uma Olimpíada a conquistar mais medalhas na edição seguinte dos Jogos

20 ago 2016 - 22h36
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A Grã-Bretanha está a um passo de fazer história: se tornar o primeiro país-sede de uma Olimpíada a conquistar mais medalhas na edição seguinte dos Jogos. A um dia do encerramento da Rio-2016, os britânicos acumula 63 medalhas (são 26 ouros, 22 pratas e 15 bronzes), duas a menos do que o seu recorde histórico de 65 medalhas em Londres-2012. Não se pode afirmar que a Team GB (nome criado pelo marketing do Comitê Olímpico Britânico) conseguirá superar o feito de quatro anos, mas ninguém pode duvidar que uma nova potência olímpica está definitivamente consolidada no cenário mundial.

Ouro no tênis, Andy Murray é um dos integrantes da Team GB na Rio-2016 (Foto: LUIS ACOSTA / AFP)
Ouro no tênis, Andy Murray é um dos integrantes da Team GB na Rio-2016 (Foto: LUIS ACOSTA / AFP)
Foto: Lance!

Países como Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte se unem para defender a Grã-Bretanha em Olimpíadas. Não é à toa que na Rio-2016 já possuem medalhas em 23 modalidades, cinco a mais do que em Londres.

O ambicioso projeto do Comitê Olímpico Britânico teve início após a decepcionante participação em Atlanta-1996: a sua pior participação em uma edição olímpica, com um ouro, oito pratas e seis bronzes, e um irreconhecível 35º lugar no geral. Muito pouco para a única nação a conquistar medalhas de ouro em todas as edições dos Jogos. Ficaram, inclusive, atrás do Brasil, que obteve três ouros, três pratas e nove bronzes, totalizando 15 medalhas e o 25º lugar no geral.

E o resultado não tardou a aparecer. Quatro anos depois, em Sydney, a Grã-Bretanha obteve 11 ouros, dez pratas, sete bronzes, alcançando o Top 10 no quadro de medalhas. E os números não pararam de crescer: 30 medalhas em Atenas-2004, 41 premiações em Pequim-2008, e as 65 medalhas em Londres.

Modalidades como ciclismo, atletismo, triatlo e remo evoluíram de forma significativa e atualmente são fundamentais para o sucesso britânico em Olimpíadas.

Simon Jenkins, colunista do "The Guardian", em artigo publicado nesta semana, criticou "a histeria olímpica que transformou a Grã-Bretanha em soviética", referindo-se ao período histórico em que o esporte fazia parte da política de Estado, assim como ferramenta de propaganda na área sob influência da então União Soviética.

BRASILEIRO PARTICIPOU DA TEAM GB EM LONDRES-2012

Mark Plotyczer (o sexto da esquerda para direita) defendeu a Team GB nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 (Foto: Divulgação)

Mark Dalale Plotyczer é brasileiro e obteve cidadania inglesa por intermédio de seu pai, Steven Plotyczer. Após uma viagem para a Inglaterra, fora convidado para fazer parte do projeto olímpico da Grã-Bretanha na formação de uma seleção de vôlei competitiva em Londres-2012.

Atualmente, Mark mora no Brasil e credita o sucesso da Team GB na Rio-2016 ao trabalho realizado pelo Comitê Olímpico Britânico após o anúncio no ano de 2005 de que Londres sediaria pela terceira vez uma edição de Jogos, sete anos depois.

- Essa grande quantidade de medalhas que a Grã-Bretanha vem conquistando nos Jogos do Rio deve-se ao trabalho feito lá atrás, quando foi anunciada a decisão de que Londres sediaria os Jogos em 2012. Foram criados programas de desenvolvimento para cada modalidade olímpica, e o resultado pode ser visto hoje - afirmou o brasileiro, ex-integrante da Team GB.

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