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Mãe diz que CR7 escapou do aborto e nasceu com pé de jogador

Dolores Aveiro conta que quer inspirar mulheres brasileiras para que nunca desistam de uma gravidez

24 mai 2018 - 07h34
(atualizado às 09h28)
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Em 1984, na Ilha da Madeira, Dolores Aveiro já tinha três filhos e sofria com o fato de o marido ter voltado de uma guerra em Angola alcoólatra e afastado da família. Nessa condição, não gostou nada de descobrir que estava grávida. Tentou o aborto, não conseguiu, e quem saiu de seu ventre em 5 de fevereiro de 1985 foi Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro. E o craque já nasceu com "pés de jogador de futebol", segundo palavras do médico que fez o parto.

Dolores Aveiro tentou abortar do craque, não conseguiu e hoje o considera luz na família (Reprodução/Instagram)
Dolores Aveiro tentou abortar do craque, não conseguiu e hoje o considera luz na família (Reprodução/Instagram)
Foto: Lance!

"Quando ele nasceu, o médico examinou para ver se o bebê estava perfeito, olhou para os pés dele e disse: 'O bebê tem pés de jogador'. Mas nunca me passou pela cabeça nada disso. Sequer pensei que poderia ser o melhor do mundo", disse Dolores, sorrindo, ao LANCE!

A história relatada acima está no livro "Mãe Coragem", que conta a vida da mãe do CR7. Dolores veio ao Brasil nesta semana para lançar a publicação e inaugurar um restaurante que leva o seu nome em Gramado (RS). E, principalmente, em suas palavras, alertar as mulheres brasileiras para que não desistam de uma gravidez. Independentemente se vão gerar um jogador eleito o melhor do mundo cinco vezes ou não.

"Esse livro serve como um exemplo para as mães brasileiras. Quem tem coração, sente. O conselho que dou é que nunca devem fazer uma coisa dessas (tentar abortar)", falou Dolores, que sempre lidou abertamente com sua busca por evitar o nascimento de Cristiano Ronaldo, inclusive com receitas caseiras, como beber chás abortivos ou cerveja doce e correr. Mas, hoje, chama o atacante do Real Madrid de "luz da família".

Dolores Aveiro, mãe de Cristiano Ronaldo, durante lançamento de seu livro "Mãe Coragem", em São Paulo (SP)
Dolores Aveiro, mãe de Cristiano Ronaldo, durante lançamento de seu livro "Mãe Coragem", em São Paulo (SP)
Foto: Fernando Dantas / Gazeta Press

"Era uma coisa que víamos, não era um segredo para nós. Quando minha mãe ficou grávida do Ronaldo, pensou: 'peraí, tenho três filhos, já é difícil criá-los, meu marido não pode mais ajudar, o que posso fazer com um quarto filho, o que vai ser da minha vida?!' Como ela, muitas mulheres interrompem a gravidez. Ela foi ao médico, muito aflita, e ele falou: 'você é nova, tem 30 anos e força para batalhar, é uma lutadora. Se cria três, vai criar quatro' E assim foi. Ela continuou com a gravidez, graças a Deus", comentou Katia Aveiro, irmã oito anos mais velha de CR7.

"Quando ela fala que ele veio para iluminar a nossa vida é porque vivemos muito seu sofrimento na gravidez. Foi uma batalha, ela teve de aceitar aquele filho, e nós, os três mais velhos, vimos isso de perto. Quando ele chegou, foi como um presente. Não é por ser o melhor do mundo ou um jogador famoso. Ele foi uma alegria para a nossa casa e até para o meu pai que, até então, se mantinha um pouco desligado. Criou união entre nós todos", relatou Katia.

Katia Aveiro, irmã de Cristiano Ronaldo, jogador português do Real Madrid, durante lançamento do livro da autoria da mãe em São Paulo (SP)
Katia Aveiro, irmã de Cristiano Ronaldo, jogador português do Real Madrid, durante lançamento do livro da autoria da mãe em São Paulo (SP)
Foto: Fernando Dantas / Gazeta Press

CR7 lida bem com a história. Brinca com a mãe que ela tentou abortá-lo e, hoje, é ele quem sustenta a família. E acabou tendo sucesso na paixão dos Aveiro: seu pai era roupeiro, e seu irmão mais velho também era jogador. Até por isso, desconfia Katia, o médico falou de seus pés como uma forma de animar Dolores, que se tornou uma mãe coruja a ponto de desmaiar em jogos decisivos dele, ao mesmo tempo que admira sua intensa busca por títulos.

"Ele é assim. Há quem goste e há quem não goste dele, mas ele sempre dá a resposta dentro de campo. O Ronaldo tem tudo, mas quer sempre mais e trabalha para isso", defendeu Dolores, sem colocar, no entanto, a Copa do Mundo como uma pressão para o filho.

"Ainda não conversamos sobre Copa do Mundo. Mas é claro que estaremos sempre ao lado dele, apoiando até o fim. Não será fácil, porque todas as equipes também têm seu valor. Vamos esperar para ver. Mas, no sábado, acho que teremos sucesso", afirmou, falando da terceira final de seguida de Liga dos Campeões da Europa do filho, astro do Real Madrid contra o Liverpool.

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