PUBLICIDADE

LANCE!

Buenos Aires explode na conquista mais memorável da história do River

Capital da Argentina viveu a final da Taça Libertadores entre os dois maiores clubes do país, que possuem uma das mais famosas rivalidades do futebol mundial

9 dez 2018 - 21h42
Compartilhar
Exibir comentários

Buenos Aires explodiu na comemoração do terceiro gol do River Plate, marcado por Pitty Martinez. Esse foi o desfecho da mais histórica final de Copa Libertadores de todos os tempos. O mundo esperava por este dia e pelo apito final. Enquanto a equipe da "banda roja" corria para o abraço de campeão, milhares de torcedores millonários choraram e saíram às ruas da cidade em meio a uma forte chuva. Finalmente o grito saiu do peito.

River Plate conquistou a quarta Libertadores de sua história (Foto: AFP)
River Plate conquistou a quarta Libertadores de sua história (Foto: AFP)
Foto: Lance!

O River Plate alcançou o triunfo mais importante da sua história. Nunca antes foi disputado um super clássico numa final de Libertadores, e vencer seu maior rival, é a maior glória que um clube argentino poderia alcançar. O desfecho marcará um antes e um depois na história de ambos os clubes e do futebol nacional. Uma nova era se inicia, com novos cânticos e uma ascensão tão importante, que será capaz de apagar os rastros da série B disputada pelo River.

Finalmente o torcedor genuíno, aquele que não participou dos ataques violentos que mancharam essa linda história, puderam dar lugar à paixão e o sentimento de ser argentino e chegar ao topo mais uma vez. Os 60 mil que estiveram no Monumental durante sete horas esperando por uma definição foram vingados. "Roubaram" a Libertadores de Buenos Aires, mas as ruas e os maiores personagens dessa história, os torcedores, mostraram que ela nunca saiu daqui. Se a Argentina for vista de cima, refletirá as cores vermelho e branco.

A equipe de Marcelo Gallardo fez bem feito. Transformou um jogo dramático numa vitória com virada, por 3 a 1. A partida começou marcada pela imprecisão de ambas equipes, que entre os nervos da final e a solidez do campo do Santiago Bernabéu, não conseguiu circular a bola e caiu constantemente em erros. O jogo era muito intenso, mas faltava futebol. Em Buenos Aires, por outro lado, sobrava paixão e expectativa num ambiente dramático e silencioso que dava lugar a pequenos gritos de nervosismo. Como sempre, as ruas da cidade se transformaram em estádio.No primeiro tempo, o Boca possuiu mais chances e maior número de finalizações. Até que, como na primeira partida, um bom passe filtrado por Nahitán Nández deixou Darío Benedetto com o poder de consagração. O atacante deixou no caminho Maidana, e com muito sangue frio finalizou antes da saída de Franco Armani para colocar a equipe de Guillermo à frente. Buenos Aires parecia a Bombonera, e os festejos duraram até Pratto empatar a partida. Aos 68 minutos, o River igualou tudo, após um ótimo passe na infiltragem de Exequiel Palacios para Ignacio Fernandez. Com muita inteligência, o jogador decidiu não finalizar e ajudar Pratto, para que o atacante definisse primeiro com o gol vazio e estabelecesse igualdade no placar.

A partir desse momento, o jogo foi um feixe de nervos. Ninguém queria arriscar, tendo em conta a possibilidade de contestar o tempo extra. E assim, praticamente sem aproximações, os últimos minutos do tempo regular passaram e Buenos Aires poderia chegar ao óbito. Como cena de filme, muitos torcedores se dirigiram ao hospital por síntomas de infarto. O início da prorrogação seria marcado pela expulsão de Wilmar Barrios, que viu o amarelo vermelho duplo, após uma entrada em Palacios, numa decisão duvidosa do árbitro Cunha. Daquele momento em diante, River começou a mover a bola em busca de espaços, antes de um Boca diminuído que recuou como pôde. Aos 109 minutos, Juan Fernando Quintero receberia de Mayada para soltar um chicote memorável que penduraria no canto. Um objetivo de acordo com as circunstâncias do que estava sendo jogado. Uma verdadeira pérola. Buenos Aires virava Monumental.

Os xeneizes reagiram, e os torcedores xeneizes no bairro La Boca antecipavam a festa esperando por um empate e pela entrada de Tévez. O que não veio. A cidade se consagraria Monumental mais uma vez. Andrada deixou seu gol vazio e o Pitty Martinez ficou com o cartão final, definindo com todo o tempo do mundo para dar ao River a quarta Copa Libertadores e libertar a loucura millonária, tanto no Bernabéu, quanto no clube da equipe, que abriu suas portas para receber os torcedores que não foram a Madrid.

A super final foi disputada em Madrid por decisão da Conmebol, mas os torcedores de River e Boca, em sua grande maioria, ficaram no país. A comemoração, de maneira clássica e história, será realizada no Obelisco, palco especial sempre que uma equipe se consagra campeã. Devido a isso, visando os incidentes na prévia do jogo que deveria ser disputado no Monumental no dia 24 de novembro, o Ministério de Segurança de Buenos Aires preparou uma super operação para garantir os festejos de maneira segura. Diego Santilli, vice chefe de Governo, garantiu que se houver incidentes violentos, forças federais atuarão em consequência para restabelecer a ordem. Não haverá transporte público nesta zona, porque os festejos sempre ocupam as ruas mais importantes, que estarão devidamente fechadas.

Lance!
Compartilhar
Publicidade
Publicidade