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Análise: Postura das administrações reflete momentos opostos da dupla Ba-Vi

Enquanto Esquadrão almeja grandes objetivos na temporada mesmo com frustração continental, Leão não consegue sair do limbo de reveses e turbulência nos bastidores

12 jun 2019 - 11h31
(atualizado às 11h31)
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Acostumados a conviverem na Série A e a darem bastante trabalho a todos os adversários bem como realizarem embates épicos quando protagonizam o Ba-Vi, nesse momento os rivais Bahia e Vitória vivem momentos onde as suas respectivas administrações traduzem o nível de organização (ou falta dela) refletido em resultados dentro das quatro linhas.

Foto: Maurícia da Matta/EC Vitória
Foto: Maurícia da Matta/EC Vitória
Foto: Lance!

O ano do Bahia já teve as suas frustrações, é bem verdade. Afinal, a equipe que previa em dezembro de 2018 potencializar seu investimento para 2019 chegando ao patamar de R$ 140 milhões não contava com quedas precoces na Copa do Nordeste e na Sul-Americana que, inclusive, custaram a "cabeça" de Enderson Moreira para a ótima busca da diretoria visando a chegada de Roger Machado.

Treinadores que, aliás, caminham na mesma linha de raciocínio na busca por um estilo de rápida transição, marcação intensa e jogadas trabalhadas. Com pouco tempo e bastante trabalho, bons resultados já estão aparecendo e dão esperança considerável ao torcedor do Esquadrão em adendo as excelentes campanhas da cúpula do clube tanto no aspecto social como econômico, vulgo planos de sócios mais acessíveis, licenciamento de novos produtos, campanhas de marketing etc.

Caminhando na linha inversa dessa direção, encontra-se o Vitória que, desde o início de 2019, acumula problemas dentro e fora dos gramados que deixam o dia a dia da equipe do Barradão como uma espécie de "barril de pólvora". A pura e simples candidatura a presidência e posterior eleição de Paulo Carneiro, em abril, já se deu rodeada de protestos e com a necessidade até de uma liminar judicial.

Depois disso, problemas financeiros são sempre expostos a grande mídia e, após quedas no estadual, Copa do Brasil e Copa do Nordeste quase sempre com apresentações que não deram qualquer margem para esperança de dias melhores, o clube já está em seu terceiro técnico: Marcelo Chamusca começou o ano, Cláudio Tencati o substituiu e, agora, Osmar Loss está no banco de reservas do Leão da Barra.

Uma mudança radical já ocorreu na questão de peças a disposição com direito a saída de mais de 10 atletas do plantel, inclusive do argentino Damián Escudero, fortemente identificado com o torcedor e que fez uma postagem de profunda mágoa em sua rede social antes de acertar com o Cuiabá, equipe que também disputa a Série B.

Mais recentemente, o áudio atribuído a Paulo Carneiro fazendo críticas fortes e diretas a jogadores do plantel sobre o alto percentual de gordura (citando nomes como Nickson, Felipe Gedoz e até o lesionado Rodrigo Andrade) trouxe ainda mais "lenha" a fogueira de confusões do Rubro-Negro de Salvador.

São diversos os elementos que, mesmo com a parada para a Copa América e a certeza de que o futebol e cíclico e pode apresentar mudanças drásticas em curto período de tempo, ajudam a entender o porquê dos dois gigantes baianos viverem panoramas tão distintos.

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