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Jogos de Paris

No berço do judô, Japão confirma favoritismo e ganha 9 ouros

País é dominante no Nippon Budokan, com 12 medalhas das 15 possíveis nos Jogos Olímpicos, sendo que ainda conquistou duas pratas e um bronze

31 jul 2021 - 16h10
(atualizado às 22h32)
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O Japão confirmou as expectativas e foi o país mais dominante na competição de judô nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Das 15 medalhas possíveis, os atletas locais levaram 12, sendo nove de ouro, duas de prata e uma de bronze. Apenas em três categorias não subiu ao pódio: até 90kg e acima de 100kg no masculino, e até 63kg no feminino.

O japonês Aaron Wolf enfrenta o francês Teddy Riner na disputa por equipes do judô em Tóquio
O japonês Aaron Wolf enfrenta o francês Teddy Riner na disputa por equipes do judô em Tóquio
Foto: Enrico Calderoni/Reuters

A meta era ganhar todos os outros na disputa, mas alguns países estragaram a festa no Nippon Budokan, como Kosovo, com duas judocas ganhando ouro no feminino, Geórgia e República Checa no masculino, além da França, que subiu ao lugar mais alto do pódio com Clarisse Agbegnenou (até 63kg) e por equipes mistas, na estreia da disputa no programa olímpico.

Essa última competição foi um balde de água fria para os japoneses, que perderam na final para a França de Teddy Riner. "Eu vi o comprometimento dos meus companheiros, mas não fiquei nada satisfeito com essa derrota. Quero ter esse desafio e espero ter uma revanche com eles nos Jogos de Paris, em 2024", disse o japonês Aaron Wolf.

Na categoria até 100kg, ele tinha conquistado a medalha de ouro no individual. E falou sobre o sucesso do Japão nos Jogos. "É uma grande conquista e acho que cada um de nós tentou conquistar a medalha de ouro. Alguns conseguiram, outros não, mas todos queríamos aquela medalha de ouro. Agora alguns atletas ainda terão de continuar tentando mais", disse.

Outro campeão olímpico, Shohei Ono (até 73kg) culpou o cansaço pela derrota na final por equipes mistas para a França. "Nas lutas individuais, gastei toda a minha energia e fiquei cansado. A disputa por equipes ocorre depois dos eventos individuais. Existem lesões e é muito cansativo. Existem algumas dificuldades e senti que foi bem difícil", lamentou.

Qualquer nação gostaria de estar no lugar do Japão com todas essas quantidades de pódio. Mas a medalha de ouro no último dia foi a redenção de Riner, que ajudou a França a conquistar a primeira medalha de ouro nessa disputa que entrou agora no programa olímpico. Após a vitória sobre o Japão na final, a festa foi enorme.

"Foi um dia louco, assim como os Jogos Olímpicos foram assim. É incrível a gente vencer, ainda mais aqui no Budokan. É uma grande honra conquistar essa medalha de ouro com a equipe. Pelo resto da minha vida, vou lembrar desse momento. Estou vivendo um sonho", afirmou o judoca, que na categoria dos pesados ficou com a medalha de bronze.

Balanço

O Brasil terminou sua participação no judô da Olimpíada com duas medalhas de bronze, de Daniel Cargnin (até 66kg) e Mayra Aguiar (até 78kg). Na disputa por equipes, entrou bastante desfalcado e perdeu para Holanda e Israel, desperdiçando a chance de subir ao pódio. Na avaliação de Ney Wilson, gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô, a participação nacional foi boa.

"Nós fomos em janeiro ao Master em Doha e saímos sem medalha nenhuma. Saímos dos Jogos Olímpicos com duas medalhas. Uma superação incrível de uma atleta que passou por muita coisa para conquistar a terceira medalha olímpica. E um rosto novo que trouxe um grande resultado, um exemplo da renovação. Mantivemos a nossa tradição nos Jogos Olímpicos. A modalidade conquistou dois pódios e ajudou o Brasil no quadro de medalhas. Claro que queríamos mais, mas a avaliação é boa", disse.

Estadão
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