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Madri é eliminada de luta por Olimpíada de 2020; Istambul e Tóquio seguem

7 set 2013 - 16h05
(atualizado às 17h12)
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Nem mesmo todo o empenho de parte do primeiro ministro espanhol, Mariano Rajoy, em mostrar que a Espanha "também merecia a alegria (de sediar os jogos olímpicos)", principalmente após passar por uma grave crise economica, foi capaz de convencer o Comite Olímpico Internacional (COI). Neste sábado, em sessão realizada em Buenos Aires, na Argentina, votação de membros do Comitê Executivo eliminou a cidade espanhola da disputa por sediar os Jogos Olímpícos de 2020. Istambul, na Turquia, e Tóquio, no Japão, seguem na briga.

Pau Gasol foi a Buenos Aires apoiar a candidatura madrilena
Pau Gasol foi a Buenos Aires apoiar a candidatura madrilena
Foto: Getty Images

A votação que se levou adiante no salão principal durante a tarde desse sábado em Buenos Aires, escolheu previamente as duas cidades que efetivamente diputariam a vaga de anfitriã das olimpiadas de 2020. Tóquio, que obteve maioria dos votos, deixou para Istambul e Madri o gosto amargo de disputar o segundo lugar.

Em um processo que não levou mais do que 5 minutos, os membros do comitê resolveram deixar de fora o país ibérico. No momento do anúncio de que Istambul permaneceria na disputa, os jornalistas de origem turca que trabalham na cobertura da reunião não exitaram em comemorar e gritaram em uníssono o nome da cidade.

A forma como a votação ocorreu confirmou Tóquio como favorita na disputa: a cidade japonesa liderou a disputa de votos, enquanto Istambul e Madri empataram. Uma nova votação, então, teve de ser feita para decidir qual delas seria finalista. Madri, que nos últimos anos tem insistido na candidatura - foi derrotada pelo Rio de Janeiro na eleição para os Jogos de 2016 - acabou como a primeira eliminada. Em 94 votos, Istambul ficou com 49, contra 45 dos espanhois.

Compareceram a Buenos Aires para apoiar a candidatura membros da família Real espanhola, do comitê organizador, do governo e atletas como o jogador de basquete Pau Gasol. A eliminação de Madri indica que o COI recusou um novo modelo de Jogos Olímpicos: a proposta era baseada em orçamento extremamente reduzido em relação a outras oportunidades. Os madrilenos diziam que fariam o evento com US$ 5 bilhões (R$ 11,2 bilhões). Rio 2016, para efeitos de comparação, já custa R$ 29,2 bilhões.

O triunfo de Madri reside no fato de a cidade ter 28 das 35 arenas de competição já prontas e em utilização. Apenas quatro construções permanentes teriam de ser feitas, incluindo a Vila Olímpica, financiada pela iniciativa privada e transformada em conjunto residencial após 2020. O ônus era justamente a crise financeira que levou a dívida pública espanhola à casa dos R$ 2,8 bilhões e que faz com que um quarto da população esteja sem emprego.

O anúncio oficial da sede olímpica dos jogos de 2020 deve ser feito por voltas das 17h30 (de Brasília).

Reação madrilena e espanhola

Para a jornalista do diário ABC da Espanha, Sara Medialdea, além de ter sido uma grande tristeza a eliminação de Madri, o que mais indigna os envolvidos na candidatura da cidade espanhola é o fato de não saber o real motivo que levou a sua eliminação. Questionada se poderia ser economico a jornalista afirmou que acredita que a crise possa ter jogado contra. "Apesar de que as estruturas estivessem todas prontas, era apenas uma questão de ajustes e adaptações", lamentou.

Já a repórter do Media 7 Espanha, Carmen de las Muelas, disse que sua equipe estava surpresa pela eliminção de Madri e apostou que "mais do que uma derrota para Madri, o processo apresentou a supremacia de Tóquio sobre as outras duas concorrentes". Para além da tristeza dos jornalistas espanhóis, os quais concordam com o primeiro ministro de que essa poderia ser uma oportunidade para que o povo espanhol se reerguer depois da crise, a população do país não parece estar tão decepcionada.

"Eu, como muitos outros espanhóis,  estou muito alegre de que Madri não tenha sido eleita, por como estão as coisas no país atualmente. As Olimpíadas teriam contribuido para continuar construindo edifícios fantasmas e distribuindo postos de trabalho efêmeros, que não resolveriam a sitação de desemprego na qual o país se encontra", opinou a atriz espanhola Marina Herranz, madrilena residente em Buenos Aires desde 2012.

Para a jovem de 27 anos, o evento somente teria feito mais ricos aqueles que fazem mais pobres o resto da população. "O que eu vejo nas manifestações dos meus contatos espanhóis das redes sociais é uma reação de alívio que não tenhamos sido eleitos", finalizou.

Fonte: Especial para Terra
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