Crise econômica afeta cerimônia de abertura da Olimpíada
A primeira olimpíada sul-americana também sofre com os reflexos da crise econômica. Fernando Meirelles, um dos diretores artísticos da cerimônia de abertura dos Jogos de 2016, afirmou na tarde desta terça, no Rio, que a festa vai ter um custo "dez vezes mais barato que o da Olimpíada de Londres". Declarou isso em entrevista coletiva, na sede do Comitê Rio 2016, e disse que a medida "é sensata".
"Estamos numa cidade em que o bairro de Bangu (na zona oeste, próximo ao complexo esportivo de Deodoro) não tem saneamento. Isso é bom senso, vamos fazer uma festa sem esbanjar, nada espalhafatosa, o Brasil passa por um momento difícil", declarou.
Em 2012, em Londres, os organizadores gastaram cerca de 27 milhões de libras para a cerimônia de abertura, o que equivalia na época a R$ 90 milhões. Fernando não falou em cifras, até porque - explicou - não há um número fechado. Mas se seu cálculo estiver correto, a festa no Maracanã deve ficar em torno de R$ 9 milhões. Isso significaria uma redução drástica no valor orçado inicialmente para a abertura - R$ 132 milhões.
Apesar dos recursos escassos, Meirelles e seus colegas Andrucha Waddington e Daniela Thomas, com os quais divide a responsabilidade pela abertura, acreditam num evento marcante. "Vamos superar todos os problemas e entregar o que o Brasil merece, com muita criatividade. Não precisa rasgar dinheiro para dizer que é luxo", comentou o produtor executivo da cerimônia, Abel Gomes.
