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Dos chocolates à abstinência sexual: Zé Roberto explica boa forma aos 38

Em 2013, o principal jogador do atual Grêmio tem meio gol por jogo e segue a rotina de sua carreira: empilhar façanhas por todos lugares que passa

10 abr 2013 - 10h19
(atualizado às 10h37)
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<p>O milagre de Zé Roberto: aos 38 anos, corre o campo todo, marca gols e encanta os gremistas</p>
O milagre de Zé Roberto: aos 38 anos, corre o campo todo, marca gols e encanta os gremistas
Foto: Lucas Uebel / Divulgação

Um tipo raro, raríssimo. São já quase 19 anos de carreira e nenhum momento de baixa. Da Portuguesa, em que era um lateral de fôlego e muita técnica, ao Grêmio, em que é um meia-atacante de passes precisos e faro de gol apurado, Zé está no topo. Tem um talento inegável, mas atribui ao trabalho. Foco. Dedicação. E sacrifícios. Como um mais recente que, em tom bem humorado, ele destaca: a abstinência sexual. Segundo ele, energia acumulada por morar sozinho em Porto Alegre. 

Nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), na Arena, é com ele que os gremistas contam para encaminhar a classificação da Copa Libertadores contra o Fluminense. Contar com Zé Roberto tem sido uma certeza - e em 2013, já são seis gols marcados em 12 jogos. É o termômetro do time de Vanderlei Luxemburgo, o veterano em melhor nível na atualidade do futebol brasileiro. Nesta entrevista exclusiva ao Terra, ele conta os segredos de jogar em alto nível aos 38 anos. Confira na íntegra:

Terra - Não dá para falar em "fase" porque você atua em grande nível praticamente desde 1996. Mas você já viveu muitos momentos como esse, Zé?

Zé Roberto - A fase para mim, poxa, não é nenhuma surpresa. Mantenho minhas regularidades, o meu nível alto, pelos clubes em que passei. É Se a gente olhar para trás poderia dizer que é o nível do meu início na Alemanha, dos três clubes em que joguei lá (Bayer Leverkusen, Bayern de Munique e Hamburgo). É o nível do Santos, de uma passagem de um ano pelo Catar e da Seleção na Copa 2006. 

Terra - Se tivesse que resumir a um só motivo a sua longevidade, qual seria?

Zé Roberto - Com certeza é profissionalismo, dedicação, foco. A minha entrega. Tudo isso tem me ajudado muito e acaba se completando por eu ser um jogador sem histórico de lesões. Poxa, eu não sei o que é uma lesão muscular grau um, ou grau dois, ou três, porque eu nunca tive. É algo que não sei explicar. Englobando tudo o que falei, chego na conclusão de que uma coisa ajudou a outra. Fui muito focado na minha profissão e meu corpo é meu instrumento de trabalho. 

Terra - Foram muitos sacrifícios feitos em prol disso que você define como instrumento?

Zé Roberto - Priorizei cuidar do meu corpo me alimentando bem, dormindo cedo e treinando forte. Mas para mim não é nenhum sacrifício abdicar de bebida alcoólica, por exemplo. Ultimamente, nem namorando estou por minha mulher não estar aqui em Porto Alegre (risos). Acho que está tudo acumulado (gargalhada). Mas enfim, essas coisas todas a mim não são sacrifício. 

 

OS DOIS MELHORES TIMES DE ZÉ
Getty Images

Portuguesa - vice-campeã brasileira em 96

"O time de 96 me marcou, marcou minha carreira. Era um time sem grandes estrelas, mas que jogava compacto e o Candinho conhecia todos os jogadores"

Bayern de Munique - campeão alemão e da Copa da Alemanha em 2005

"Foi meu ano mais especial. Com Lúcio, Ballack, Deisler, Oliver Kahn, Lizarazu. Um grande time. Ganhamos o 'doble'"

Terra - Por falar em mulher e família. Quanto essa estrutura te ajudou a ter uma carreira linear?

Zé Roberto . Cada um tem sua forma de pensar. A forma de ver o que é bom ou ruim para sua vida. Uma das melhores coisas foi ter me casado e constituído uma família. Hoje tenho meus três filhos e estou há quase 17 anos com minha mulher (de 38 anos de vida). É neles que busco meu refúgio depois das horas de pressão, por que a gente vive sob pressão. Depois de tudo isso, busco sempre (forças) na minha família. Quem gosta sempre de estar de um lado ao outro, se prejudica. Casa, separa, paga pensão, isso tudo gera preocupações. 

Terra - Você come um chocolate antes de cada partida. Por que isso?

Zé Roberto - Ah, é uma barrinha pequena. Não é coisa grande. É aquele chocolate menorzinho. Uso como uma fonte de energia. Eu perco muito líquido e muito peso durante as partidas, então antes do jogo eu sempre como. Geralmente eu como um Laka branco, eu gosto. 

Terra - Jogar bem perto dos atacantes também potencializa o seu futebol? Você já jogou tão avançado como no Grêmio? Talvez no Santos apenas.

Zé Roberto - É uma posição que o Vanderlei (Luxemburgo) descobriu para mim. Só havia até então jogado nessa posição com o Santos. Na Portuguesa comecei como lateral e depois fui deslocado para o meio e cobrindo o lateral, que era o Carlos Roberto. Assim avançado gosto muito, me dá liberdade para poder dar passes, chegar aos atacantes. E me favorece, porque com o decorrer dos anos eu perdi a dinâmica, a velocidade. 

<p>Vanderlei Luxemburgo: com ele, Zé Roberto é meia-atacante</p>
Vanderlei Luxemburgo: com ele, Zé Roberto é meia-atacante
Foto: Edu Andrade / Divulgação
Terra - A sua opção pelo Grêmio teve a influência do Luxemburgo?

Zé Roberto - Pesou. Pesou porque o professor sempre chega aos clubes com a visão de projeto. Ele sempre teve projetos. E o projeto dele sempre me chamou a atenção. Ele forma os grupos e onde chega, tem filosofia de ganhar. Isso tem a ver com meu pensamento. Eu o conhecia da Seleção e do Santos. Na volta ao Brasil não pensei duas vezes. 

Terra - Há muitos jogadores com expectativa de titularidade no elenco do Grêmio. O Luxemburgo tem lidado como com essa situação?

Zé Roberto - Estão todos com a mesma mentalidade, o mesmo foco. A proposta era de formar um time com jogadores de qualidade para buscar o objetivo, que é título de Libertadores. Agora os que têm iniciado sempre se colocam em prol do grupo. Temos muitas competições durante o ano. 

Terra - Sobre a Seleção Brasileira, você se arrepende de ter recusado a convocação para a Copa América em 2007? Um ano antes, na Copa do Mundo, você havia sido destaque. 

Zé Roberto -

Não me arrependo de forma alguma. Era necessário. Se iniciava uma fisolofia nova e na época o presidente, todos, sempre falaram que haveria uma reformulação e se iniciaria uma filosofia nova. Por essa nova filosofia, por mais que eu tivesse destaque no Mundial, não tinha como dar continuidade. Eu voltava para a Alemanha, com dois anos de contrato e queria focar no Bayern. 

Fonte: Terra
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