Grêmio vê rompimento com Felipão como "melhor caminho"
O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, foi à sala de entrevistas nesta terça-feira para esclarecer o desligamento da comissão técnica de Luiz Felipe Scolari. Segundo o mandatário tricolor, a rescisão se deu de comum acordo entre as partes e foi o "melhor caminho" para ambos. Apesar da saída pela tangente, Bolzan nega que a passagem tenha manchado a história de Felipão no clube.
"Ele (Felipão) avaliou as coisas de maneira muito clara e concluiu que a saída seria o melhor para ele e para o Grêmio. A saída seria o melhor caminho para ambos", disse. "O trabalho foi bom, mas não obtivemos os resultados suficientes e as partidas do Brasileiro mostraram um desgaste emocional, acumulado a partir do Gre-Nal", comentou o presidente.
Contratado em agosto passado, após a eliminação vexatória para a Alemanha na Copa do Mundo, Felipão disputou 51 jogos e teve 26 vitórias, 12 empates e 13 derrotas, com um aproveitamento próximo dos 60%. Apesar de não ter faturado nenhum título em nove meses de trabalho, mantém a história no clube intacta, pelo menos, segundo o que garante Romildo Bolzan.
"A história dele no Grêmio não tem nenhum arranhão. Ele continua sendo um grande treinador, um grande símbolo e um ícone do clube. A história dele está intacta, tudo está mantido. A última passagem não arranhou em nada a imagem. Felipão é vitorioso, deu certo por onde passou e assim cresceu no futebol mundial", comentou.
A decisão quanto a rescisão, que já vinha sendo ventilada nos bastidores, foi concluída antes por Felipão do que pela diretoria. "Desde domingo, depois da derrota contra o Coritiba, fizemos alguns contatos e avaliações. O Felipão avaliou na mesma linha que nós. Só poderíamos ter uma definição depois de uma conversa, mas ele concluiu antes que nós", disse o mandatário, que promete trabalhar fortemente em busca de um novo nome.
"Vamos trabalhar a partir de hoje (terça) intensamente no sentido de ter um novo nome. Não temos, no momento, nenhuma situação de contratação, nem conversas mantidas com qualquer treinador", afirmou, apesar dos boatos na imprensa gaúcha de que Cristóvão Borges e Celso Roth podem viajar a Porto Alegre nos próximos dias.