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Tigre não volta para segundo tempo, e São Paulo é declarado campeão

13 dez 2012 - 00h07
(atualizado às 00h10)
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O São Paulo abriu 2 a 0 no primeiro tempo da partida contra o Tigre nesta quarta-feira, no Morumbi, e contou com a estapafúrdia recusa da equipe argentina em voltar do intervalo para ser declarado campeão da Copa Sul-Americana.

A etapa inicial, quando o tricolor marcou com Lucas e Osvaldo, terminou em briga. Lucas, que após uma jogada desleal ficara com o nariz sangrando, vai tirar satisfação com o argentino Orban na saída dos times para o vestiário. Os demais atletas do Tigre não gostam da atitude do brasileiro e iniciam um empurra-empurra, no qual Paulo Miranda e Díaz acabam expulsos.

Após os 15 minutos de descanso, surpresa: o Tigre não quer voltar a campo alegando que seus jogadores e funcionários foram agredidos pela Polícia Militar e até ameaçados com um revólver.

Seguranças, policiais e o quarto árbitro descem ao vestiário da equipe argentina para tentar demovê-la de sua ideia, mas não têm sucesso. Com isso, o São Paulo é declarado campeão. Mesmo com o excêntrico final, festa dos mais de 60 mil tricolores que lotaram o Morumbi.

Tricampeão da Copa Libertadores, o São Paulo conquista o seu primeiro título da Sul-Americana, igualando-se a Internacional, até então o único clube brasileiro com essa taça em sua estante.

O jogo do título marcou a despedida de Lucas, que na sequência se apresentará ao Paris Saint-Germain (PSG). Com mais uma atuação de luxo, o camisa 7 tricolor marcou um gol e deu passe para outro nesta noite, sendo declarado o melhor jogador da partida.

Aos 22 minutos, Lucas aproveita sobra da zaga, põe na frente com estilo e bate de canhota para vencer o goleiro Albil.

O 1 a 0 faz jus à superioridade tricolor, que mostra mais disposição em jogar futebol. O Tigre, por sua vez, abusa das pancadas em sua tentativa de manter uma defesa sólida e sair no contra-ataque, o que não acontece.

O gol não sacia o São Paulo, que segue imprimindo um bom ritmo. Sendo assim, o segundo não demora a sair. Aos 27, Lucas arranca pelo meio e aciona na direita Osvaldo, que aproveita a saída de Albil e faz 2 a 0.

Com tamanha desvantagem, o Tigre passa a concentrar-se em distribuir pancadas e conta com a passividade do árbitro Enrique Osses.

Em uma das faltas mais duras da equipe argentina, Lucas fica caído no gramado com o nariz sangrando muito. Na saída para o intervalo, o camisa 7 "oferece" o algodão com seu sangue ao zagueiro argentino. Os demais jogadores do Tigre não gostam e iniciam uma perseguição a Lucas.

Com o "reforço" de vários atletas do São Paulo, a confusão toma grande proporção, até que as equipem são separadas e descem para seus respectivos vestiários. Alegando ter seus representantes agredidos e ameaçados pela Polícia Militar dentro do vestiário, o Tigre se recusa a voltar para o segundo tempo mesmo com a intervenção dos representantes da Conmebol.

O árbitro Enrique Osses então decide esperar mais um pouco para ver se o time argentino mudará de ideia. Como isso não acontece, o jogo é dado como finalizado, para a festa dos são-paulinos, que não comemoravam um título desde 2008.

Ficha técnica:.

São Paulo: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Rhodolfo e Cortez; Denilson, Wellington, Jadson e Lucas; Osvaldo (Douglas) e Willian José. Técnico Ney Franco.

Tigre: Damián Albil; Norberto Paparatto, Mariano Echeverría, Erik Godoy e Lucas Orban; Martín Galmarini, Gastón Díaz, Diego Ferreira, Ramiro Leone e Rubén Botta; Ezequiel Maggiolo. Técnico: Néstor Gorosito.

Gols: Lucas e Osvaldo (São Paulo).

Cartões amarelos: Rogério Ceni e Denilson (São Paulo); Godoy, Galmarini e Díaz (Tigre).

Cartões vermelhos: Paulo Miranda (São Paulo); Díaz (Tigre).

Árbitro: Enrique Osses (Chile), auxiliado pelos compatriotas Francisco Mondria e Carlos Astroza.

Estádio: Morumbi, em São Paulo.

EFE   
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