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Show para reviver “espírito do futebol" abre discurso de Blatter

28 mai 2015 - 15h17
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O aguardado discurso de Joseph Blatter, presidente da Fifa, após os escândalos de corrupção divulgados na última quarta-feira foi precedido por uma atração curiosa na sede da entidade em Zurique, na Suíça. Apresentados por uma loira com decote robusto, que abriu a cerimônia em clima festivo, um artista usou instrumentos de percussão para reproduzir a música-tema da entrada de jogadores em campo na Copa do Mundo de 2014.

Na sequência, um grupo de dançarinos subiu ao palco para apresentar uma animada coreografia, com direito à beat box. O espetáculo foi encerrado por uma horda sacudindo bandeiras das seleções associadas à organização futebolística. Só então o presidente tomou a palavra. 

O tom do espetáculo destoa do momento sombrio pelo qual passa a entidade após a prisão de sete dirigentes acusados de suborno e corrupção em casos envolvendo acordos de marketing, venda de direitos de transmissão de eventos e na escolha de sedes da Copa do Mundo, incluindo o vice-presidente da CBF, José Maria Marin. Blatter justificou a apresentação como motivo para os espectadores se lembrarem do verdadeiro "espírito do futebol".

"Vocês viram a cerimonia de abertura que é sobre o futebol, o espírito do jogo, o aspecto que faz com que seja tão adorado por todos. Nossos artistas e dançarinos trouxeram o espírito que deu essa vida ao futebol dentro dessas circunstancias especiais. Espero que esse show permita que vocês se lembrem pelo que lutamos e devermos continuar lutando no futebol, mesmo que alguns nos decepcionem", disse o dirigente, se esquivando dos escândalos.

"Aproveitem esse show, mas reflitam sobre o fato de a maioria de nós não está aqui pela cobiça, para explorar ou pelo poder, mas porque temos amor pelo jogo e queremos servir aos outros e alcançar resultados positivos com liderança e responsabilidade", completou.

As denúncias vieram à tona em momento dramático para Blatter. No comando da Fifa desde 1998, o suíço vai concorrer ao quinto mandato nas eleições presidências da Fifa, marcadas para sexta-feira, com o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein. Antes favorito disparado, Blatter perdeu apoio e corre risco de perder o reinado. A Uefa já declarou que vai votar majoritariamente a favor do príncipe da Jordânia. Aos 39 anos, o candidato representaria um recomeço para a entidade, já que desde o inicio de sua campanha prega devolver a transparência e a ética à Fifa.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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