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Punições da Uefa a clubes fundadores da Superliga Europeia é anulada por Corte da Espanha

Equipes assinaram contrato para abrir mão de 5% da receita por uma temporada em jogos na Europa

1 jul 2021 - 18h06
(atualizado às 18h06)
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O juiz Manuel Ruiz de Lara ordenou à UEFA, nesta quinta-feira, que rescindisse o acordo de que nove clubes - Atlético de Madrid, Milan, Inter de Milão, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester United, Manchester City e Tottenham - fundadores da Superliga Europeia assinaram para abrir mão de 5% da receita por uma temporada em jogos na Europa.

A ordem judicial também anulou o pagamento combinado de 15 milhões de euros (cerca de R$ 89,5 milhões) pelos nove clubes, pelo que a UEFA chamou de "gesto de boa vontade", como promessa feita de que aceitariam uma multa de 100 milhões de euros se tentarem novamente jogar de uma forma não autorizada. O juiz ordenou especificamente que as ligas inglesa e italiana não levassem ação contra os clubes.

Doze equipes são os fundadores da Superliga europeia
Doze equipes são os fundadores da Superliga europeia
Foto: Reprodução / Estadão

Já os três clubes restantes que não abandonam o plano da Superliga - Real Madrid, Barcelona e Juventus - o juiz lembrou à UEFA uma ordem anterior na qual havia emitido para não prosseguir com a possível sanção de bani-los das competições.

Em abril, Ruiz de Lara emitiu parecer sobre as ações tomadas contra a Superliga de clubes. Ele disse à Fifa, UEFA e seus membros - incluindo federações, clubes e ligas domésticas - que não podiam ameaçar ou sancionar jogadores e times da nova concorrência. Ele disse que as punições podem violar as leis de livre concorrência.

Em junho, a Uefa suspendeu o processo contra os três clubes rebeldes após Ruiz de Lara ter encaminhado seu caso para o Tribunal de Justiça Europeu, em Luxemburgo, que poderia analisar se a entidade estava violando as leis de concorrência.

Na decisão desta quinta-feira, Ruiz de Lara disse que "as sanções ocultas impostas a certos membros fundadores da Superliga, sob o eufemismo do 'acordo' dos clubes, representa um claro descumprimento "de sua ordem inicial dada em abril para não punir os clubes".

O presidente do Real Madrid, Florentino Perez, seria o primeiro presidente da competição separatista, que iria competir diretamente com os Campeões da Uefa.

A liga proposta - uma competição praticamente fechada no meio da semana - entrou em colapso após poucos dias de sua inauguração em abril, quando os seis clubes ingleses abandonaram a ideia em meio a uma reação de seus apoiadores e advertências do governo britânico.

Estadão
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