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Mundial de Clubes

Funk, emoção e cabeça erguida: como a torcida do Flamengo viveu a queda no Mundial

Rubro-negros terminaram orgulhosos do desempenho da equipe no Mundial de Clubes

29 jun 2025 - 21h15
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Flamenguistas reagem com aplausos após eliminação para o Bayern no Mundial: ‘Jogou de igual’:

Desde cedo, os torcedores do Flamengo já ocupavam a Fifa Fan Zone, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, aproveitando todas as ativações e atrações montadas ao redor da arena enquanto não rolava a bola para Flamengo e Bayern de Munique pelo Mundial de Clubes.  A trilha sonora ficou por conta de DJ Marlboro, que colocou todo mundo para cantar e dançar os clássicos do funk dos anos 90 e 2000, criando uma atmosfera de carnaval fora de época nas areias de uma das mais praias mais famosas do planeta.

Quando as escalações foram anunciadas no telão, a euforia tomou conta com o nome de Arrascaeta. Por outro lado, algumas vaias --ainda que tímidas-- apareceram quando Gerson foi o último a surgir na lista.

Mas a animação durou pouco. Em menos de 10 minutos de jogo, o Flamengo já perdia por 2 a 0, e Copacabana ficou em silêncio. Os erros na saída de bola, a pressão sufocante do Bayern e o gol contra de Pulgar deixaram a torcida atônita, sem sequer conseguir reclamar. A superioridade alemã era evidente.

O gol de Gerson, ainda no primeiro tempo, reacendeu a esperança. E bastou a bola balançar a rede para que um pensamento coletivo se espalhasse: o roteiro contra o Chelsea ia se repetir? A cada recuada para a zaga, no entanto, a tensão voltava. E ela explodiu quando Luiz Araújo, em uma tentativa de sair jogando, acabou sendo desarmado, e Goretzka marcou um golaço. A torcida, assim como Rossi no lance, ficou estatelada e incrédula.

Veja as reações da torcida do Flamengo em Copacabana com gols do Bayern de Munique pelo Mundial:

No intervalo, o desafio foi repaginar o clima. Os animadores do evento lançaram mão de sorteios e dinâmicas: valia tudo --de ingressos para fases futuras da Copa do Brasil até ar-condicionados distribuídos por patrocinadores. Quem se dispusesse a dançar, cantar ou apenas sorrir, ganhava brindes e, por alguns minutos, esquecia o placar.

A volta para o segundo tempo foi embalada por fé e otimismo. O “Vamos virar, Mengo!” soava com força. E quando Jorginho marcou de pênalti, após um toque de mão de Olise, a Fan Zone explodiu em esperança. A galera pediu Bruno Henrique e, como se Filipe Luís tivesse ouvido a mais de seis mil quilômetros de distância, o atacante foi chamado --o que levou a torcida ao delírio.

No entanto, mais uma vez, a euforia durou pouco. Mais um erro individual, mais um golpe cruel. Luiz Araújo, um dos melhores em campo até ali, voltou a errar na saída de bola, e Kane marcou o segundo dele, fechando o placar: 4 a 2 para o Bayern.

Flamenguistas vão à loucura em Copacabana com gols de Gerson e Jorginho contra o Bayern; veja:

Todos os gols do Bayern nasceram de falhas do Flamengo. A superioridade técnica dos alemães se somou à desatenção rubro-negra em momentos-chave. E o número de cartões recebidos pelos bávaros --5 ao total-- serviu como resposta à velha ideia de que os europeus não ligam para o Mundial. No fim do jogo, o que se ouviu não foram vaias, mas aplausos. A torcida reconheceu o esforço e a coragem do time de Filipe Luís.Ainda assim, os cânticos não cessaram. Um grupo de amigos, em roda na areia, cantava o hino do Flamengo a plenos pulmões mesmo após o apito final.

Decepção dos torcedores do Flamengo com derrota no Mundial
Decepção dos torcedores do Flamengo com derrota no Mundial
Foto: PETER ILICCIEV/ENQUADRAR / Estadão

“O jogo foi perfeito. Tentaram comparar a gente com o Botafogo. O Botafogo ganhou do PSG sem jogar bola. A gente hoje jogou bola, correu atrás dos caras, diminuímos a vantagem. Perdemos nos nossos erros, que não poderiam acontecer. Mas jogamos de igual pra igual com o Bayern, um time europeu. Eu tô feliz. Foi por isso que você ouviu esse cântico aqui depois do jogo. Estamos de cabeça erguida. Foi maravilhoso. A nossa equipe mostrou que vai mostrar futebol nas outras competições", afirmou Washington Santana, vendedor autônomo.

Apesar da festa, nem todos conseguiam esconder a frustração. Sentado sozinho, com olhar distante voltado ao mar, o publicitário Luis Felipe, de 22 anos, do Grajaú, refletia sobre o que poderia ter sido:

“Eu esperava mais. A gente pegou um time muito forte, mas tinha esperança de ir mais longe nesse Mundial. A gente sabia que seria difícil, mas é Flamengo... não tem como deixar de acreditar. Foi uma trajetória linda. A gente acreditou. Pegamos um adversário fortíssimo e temos que aplaudir mesmo.”

De mãos dadas, sorrindo após a partida, o casal Ivo Campos, 28, servidor público, e Thais Ribeiro, 28, professora --ambos do Méier-- resumiu o sentimento de muitos. “A derrota não tem como acabar com o domingo. A gente fica um pouco triste, mas o Flamengo foi bem. E é um título que a gente já tem. Os outros que não têm é que têm que correr atrás”, brincou Ivo. “É muito amor. A gente não deixa de amar ganhando ou perdendo”, completou Thais.

Agora, o foco volta para o Brasil: Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores esperam o Rubro-Negro, que segue vivo em todas as frentes. Porém, este 29 de junho ficará marcado por sol, funk, e a dura realidade de que o futebol castiga --e também ensina.

Fonte: Redação Terra
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