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Campeão em 83, Espinosa diz: Grêmio não deve pensar no Real

15 dez 2017 - 16h55
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Foto: Wesley Santos / Gazeta Press

Campeão do mundo como técnico do Grêmio em 1983, na final contra o Hamburgo, da Alemanha, Valdir Espinosa ajudou a montar o atual grupo que vai disputar neste sábado (16) novo título mundial com o Real Madrid, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Para ele, um dos principais segredos nos instantes que antecedem à decisão é não exaltar o poder do time espanhol para os jogadores gremistas.

"Agora, a hora é de se falar da capacidade de cada um do Grêmio, de como se conseguiu chegar até o atual momento, das dificuldades superadas, do fim de ano especial na vida de cada um deles. Isso fortalece, dá confiança. Não é hora de se falar muito do Real, de se alertar para o perigo que representa o Cristiano Ronaldo, o Marcelo, o Benzema. Isso todo mundo já sabe", declarou, em entrevista ao Terra.

Para Espinosa, esse tem de ser o trabalho até o início da partida. "Na medida do possível, seria muito importante que os campeões da Libertadores focassem em si próprios, nem pensassem no adversário, para jogar com autoridade e mais soltos".

Ele prefere não enfatizar o desfalque de Arthur, um dos melhores jogadores do Grêmio em 2017 e que sofreu uma torção de tornozelo. "Isso requer objetividade. O Arthur está fora. Então quem vai entrar? Pois bem, força total no substituto e depois do jogo a gente exalta o Arthur. Porque senão isso vira um discurso de justificativa, para uma eventual derrota. Não tem que ser assim. Tudo agora é para passar confiança aos que vão entrar em campo".

Na decisão de 1983, contra o Hamburgo, em Tóquio, o Grêmio vencia por 1 a 0 e já ensaiava a comemoração do título. Mas o Hamburgo empatou faltando cinco minutos para o término do jogo. A recuperação gremista se deu na prorrogação, quando marcou outro gol e venceu por 2 a 1. Aquele espírito de luta constante, de garra extrema, para Espinosa, é a marca registrada do Grêmio.

"Tanto em 1983, quanto agora, o Grêmio tem essa característica, de comprometimento. Seus jogadores têm orgulho e honram aquela camisa. Todos lutam independentemente do resultado até o último minuto".

Espinosa não gosta de comparações individuais, mas deixa escapar que no time que dirigia em 1983 tinha um jogador inigualável. "Mário Sérgio jogava o fino e mais um pouco. Não tem com quem comparar, com ninguém em atividade no Brasil", disse. O ex-craque morreu na queda do voo da Chapecoense, em novembro do ano passado.

Confiante em nova conquista, Valdir Espinosa arriscou um palpite: 2 a 1 para o Grêmio. "Com prorrogação?", perguntou o repórter. "Sim, pra dar mais emoção".

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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