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Libertadores

Tumulto em Grenal da Libertadores lembrou clássico de 1969

Desta vez foram oito expulsos. Naquela oportunidade, há 51 anos, o juiz deu cartão vermelho para 20 jogadores na inauguração do Beira-Rio

13 mar 2020 - 10h17
(atualizado às 10h59)
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Foto: Raul Pereira/Fotoarena / Estadão

Rivalidade sem limites tende a provocar distúrbios e a regra valeu para o primeiro Grenal da história da Libertadores, realizado nessa quinta (12), na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. O placar de 0 a 0 foi um pouco melhor para o Internacional, que se manteve na liderança do Grupo E, com o mesmo número de pontos do Tricolor, mas com vantagem no saldo de gols. No entanto, o futebol deu lugar a muita confusão em campo, com brigas e oito expulsões.

De certo modo, o embate fez lembrar o clássico disputado em 20 de abril de 1969, na inauguração do Beira-Rio. O Inter convidou o Grêmio para a festa, do que se lamentaria até hoje. Naquela oportunidade, houve um confronto generalizado entre os jogadores dos dois times e 20 deles acabaram expulsos.

Tudo começou quando o então defensor gremista Valdir Espinosa, que morreu há duas semanas, percebeu que o uruguaio Urruzmendi, do Inter, atingiria com rispidez o goleiro Alberto numa dividida e o interceptou com muita disposição. Eram 37 minutos da etapa final e o tempo fechou ali.  Socos, pontapés, voadoras. Houve de tudo naquele 189º Grenal, que também terminou sem gols, e coube ao árbitro Orion Satter de Mello punir os jogadores sem nenhuma cerimônia.

Agora, o conflito se deu quando Moisés e Pepê se estranharam após uma dividida ríspida, já aos 40 minutos do segundo tempo. Formou-se então um bolo de gremistas e colorados ao redor deles. Na sequência, Edenilson pegou Luciano pelo pescoço e acabou levando um tapa. A partir disso, o gramado virou palco de uma nova sessão de socos, pontapés e muita correria em campo.

Diante daquele cenário que estragou o clássico e desencantou a maior parte dos 53 mil torcedores presentes ao estádio, o árbitro argentino Fernando Rapallini expulsou Pepê, Luciano, Caio Henrique e Paulo Miranda, do Grêmio, e Praxedes, Edenilson, Moisés e Victor Cuesta, do Internacional. Se a Confederação Sul-Americana agir com rigor, eles podem pegar um gancho de mais de uma partida, o que representaria um prejuízo técnico muito grande para as duas equipes.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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