Presidente diz que dívida não influencia futebol corintiano
O diretor de futebol Sergio Janikian previa que o Corinthians quitaria a dívida referente a direitos de imagem do elenco "nos próximos dias", provavelmente antes de reencontrar o Guaraní-PAR nas oitavas de final da Copa Libertadores da América. Não foi o que ocorreu. Ainda assim, o presidente Roberto de Andrade tem se mostrado preocupado apenas com a tentativa dos jogadores de reverter a derrota por 2 a 0 sofrida no Paraguai.
"Não existe esse negócio de chutar para fora porque o salário está atrasado. Todos têm problemas. Se os jogadores forem trazer isso para o campo, não há futebol", argumentou Roberto de Andrade, que acompanhou de perto o treino da tarde desta terça, em Itaquera, com presença de milhares de torcedores.
"O time está 100% focado no jogo de amanhã (quarta). Vale lembrar que desde fevereiro, quando assumi o mandato, nunca fui cobrado por ninguém. Muito ao contrário. Todos incentivam a nova diretoria. Enalteço todos os atletas do elenco, que estão se comportando de maneira muito digna. Isso nos deixa orgulhosos", acrescentou o mandatário corintiano.
De fato, todos os jogadores que se posicionam publicamente sobre os débitos têm demonstrado paciência. Apesar de os prazos imaginados pela diretoria para solucionar o problema sejam continuamente postergados.
"Não conseguimos porque não conseguimos", simplificou Roberto de Andrade, que busca empréstimos para transferir a dívida que o Corinthians tem com os atletas. "Não é uma coisa tão fácil quanto pedir uma bala, um doce. É mais complexo, e não vale a pena entrar em detalhes. Estamos trabalhando muito para resolver em um curto espaço de tempo", completou.
O Corinthians tem um problema maior a resolver na noite desta quarta, em Itaquera. Devendo futebol no Paraguai, os jogadores foram derrotados por 2 a 0 pelo Guaraní no jogo de ida e agora precisam vencer por três gols de diferença para conquistar a classificação com a bola rolando. "Sabemos do peso do jogo de amanhã. Por isso, a parte financeira não me preocupa nem um pouco agora", repetiu Roberto de Andrade.