Palmeiras vai ter que se espelhar no time de 1999
Na época, equipe, também comandada por Luiz Felipe Scolari, reverteu desvantagem contra o River Plate na mesma fase da competição
Para tentar reverter a grande vantagem do Boca Juniors, na briga por uma vaga à final da Libertadores, o Palmeiras vai ter de seguir o exemplo do seu time de 1999. Naquela oportunidade, a equipe, também comandada por Luiz Felipe Scolari, perdeu a primeira partida da semifinal da Libertadores para o River Plate por 1 a 0, na Argentina, e venceu o adversário por 3 a 0, em São Paulo. Avançou assim à decisão para derrotar o Deportivo Cali, da Colômbia.
Naquele time, havia nomes que se tornariam ídolos da torcida, como o goleiro Marcos, o zagueiro Roque Júnior, o volante Cesar Sampaio, o meia Alex, só para citar alguns. Foi o primeiro título do Palmeiras na Libertadores.
Mas a ameaça de eliminação rondou o Palmeiras no jogo com o River Plate. Além da derrota, a equipe ficou sem a zaga titular para o confronto da volta – Júnior Baiano foi expulso e Cléber sofreu distensão muscular. Felipão já não contava com o lateral-esquerdo titular Júnior, que cumpria suspensão e continuaria fora. Diga-se (registre-se) de passagem que Marcos evitou o pior, com grandes defesas em Buenos Aires.
Tudo mudou dias depois no Palestra Itália. Com grande atuação de Alex, autor de dois gols, o Palmeiras fez 3 a 0 – Roque Júnior marcou o outro – e se classificou para a final.
Agora, para o clássico da próxima quarta (31), os menos otimistas podem argumentar que a diferença é maior – uma vez que o Boca Junior venceu nessa quarta (24) por 2 a 0, na Argentina.
Então, se for o caso, os palmeirenses incrédulos podem se agarrar à história mais recente de uma semifinal de Libertadores com clube brasileiro. Em 2013, o Atlético-MG perdeu para um argentino, o Newell’s Old Boys, por exatos 2 a 0 na primeira partida, fora de casa. O desânimo tomou conta de parte dos torcedores do Galo até a bola rolar na partida seguinte.
Foi quando o time mineiro devolveu os 2 a 0, em Belo Horizonte, e alcançou a final ao superar o Newell’s nas cobranças de pênaltis. Não custa lembrar, o Atlético sagrou-se campeão daquela Libertadores e deixou o vice com o Olímpia, do Paraguai.
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