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Kia aponta empresário russo como principal investidor do MSI, mas Justiça desconfia

13 mar 2013 - 20h31
(atualizado em 14/3/2013 às 02h31)
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Um novo nome surgiu na investigação da Justiça Federal como o suposto investidor da parceria MSI/Corinthians, que se deu entre 2004 e 2007. Em depoimento dado em janeiro, na 6ª Vara Federal de São Paulo, o iraniano Kia Joorabchian apontou o empresário russo Rafael Filinov, de 45 anos, como real financiador da parceria que levou Tevez, Mascherano & Cia. ao Parque São Jorge, em 2005. No tribunal, a defesa de Kia alega que o dinheiro aportado era legal. Assim, tenta derrubar as acusações de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

O processo começou em 2007, quando o Ministério Público Federal de São Paulo fez a primeira denúncia sobre a parceria, indicando que os mais de US$ 30 milhões que entraram no país, na época, tinha como origem crimes cometidos pelo magnata russo Boris Berezovsky – suposto mecenas do MSI – contra a administração pública da Rússia e de outros países. A intenção era tornar legal o dinheiro com transação de jogadores no Corinthians.

De acordo com matéria publicada no Portal UOL, porém, os responsáveis pelo inquérito não estão convencidos de que esta seja a verdade e desconfiam de que Filinov esteja sendo usado como um laranja para acobertar Berezovsky. Para eles, o nome poderia ter surgido ainda no início das investigações. Além disso, Filinov fez vários negócios com Berezovsky.

Filinov foi arrolado como testemunha por Kia Joorabchian e prestou depoimento na Rússia, no ano passado. A justificativa de ambos é que havia um contrato de confidencialidade entre as partes, assinado na Inglaterra. Assim, Kia preferiu que o próprio admitisse em juízo a sua participação.

Além de Kia e Berezovsky, fizeram parte da denúncia de 2007 o ex-presidente do Corinthians Alberto Dualib e o ex-vice Nesi Curi, os empresários Nojan Bedroud, iraniano; e Badri Patarkatsishvili, georgiano; o ex-diretor de esportes do MSI Paulo Angioni (hoje gestor de futebol do Bahia), além do empresário brasileiro Renato Duprat e do advogado Alexandre Verri. Badri Patarkatsishvili e Nesi Curi morreram em 2008 e 2011, respectivamente.

A defesa diz ter como provar que o dinheiro de Filinov era legal, o que derrubaria a tese dos promotores de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, inocentando a todos.

Em 2008, porém, Berezovsky revelou sua ligação com o MSI ao reclamar os direitos dos espólios do grupo com a morte de Badri. A Justiça brasileira acompanha o processo que corre na Inglaterra. Nas próximas semanas, ele deverá prestar depoimento na Inglaterra.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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