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Liga dos Campeões

Paris reforça segurança antes de jogo do PSG pela final da Liga dos Campeões

Jogo acontece em Portugal, mas cidade francesa já se prepara para evitar preocupações com os torcedores em função da partida histórica

22 ago 2020 - 15h47
(atualizado às 15h47)
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Neste domingo, o Paris Saint-Germain enfrenta o Bayern de Munique, da Alemanha, na grande final da Liga dos Campeões da Europa, em Lisboa. O jogo acontece em Portugal, mas a cidade de Paris já reforça sua segurança para evitar preocupações com os torcedores em função da partida histórica para o time da capital francesa.

Cerca de 3 mil policiais serão colocados na Champs-Elysees e fora do estádio do PSG, o Parque dos Príncipes, para controlar eventuais incidentes decorrentes do confronto que decide o campeão europeu. O time de Paris decide o título pela primeira vez e pretende se tornar o segundo clube francês a vencer o torneio. O outro foi o rival Olympique de Marselha, que superou o Milan em 1993.

O ministro do Interior, Gerald Darmanin, anunciou os planos de segurança neste sábado. Como medida preventiva, 2 mil máscaras serão distribuídas aos torcedores que chegarem nas localidades parisienses sem o equipamento de proteção. Aqueles que se recusarem a usá-las serão multados.

Em uma tentativa de evitar aglomerações e limitar a movimentação dos torcedores como prevenção ao novo coronavírus, 17 estações de metrô não estarão funcionando e três pontos de entrada do anel viário em Paris serão fechados. Além disso, outros 300 membros da brigada de incêndio darão apoio à polícia na capital.

Darmanin deu mais explicações sobre a função das medidas preventivas. "Não apenas para que as coisas ocorram da melhor maneira possível em termos de segurança pública, mas obviamente para que o uso de máscaras seja garantido", afirmou o Ministro do Interior da França.

A preocupação das autoridades francesas se acentuou após a semifinal disputada pelo PSG na última terça-feira, quando o time superou o RB Leipzig, também da Alemanha. O triunfo rendeu à equipe parisiense sua primeira decisão de Liga dos Campeões, o que levou os torcedores à loucura.

Milhares de pessoas ocuparam a avenida Champs-Elysees, algumas até em patinetes ou penduradas em carros. O céu ficou repleto de rojões enquanto os fãs dançavam e gritavam freneticamente. Muitos estavam sem máscaras e o respeito ao distanciamento social foi completamente esquecido em meio aos abraços e comemorações.

A celebração virou balbúrdia nas cercanias do Arco do Triunfo quando houve violência e destruição de vitrines, o que obrigou a polícia a prender 36 pessoas. Os incidentes geraram críticas às autoridades policiais, que foram questionadas por não terem previsto a situação de forma adequada, colocando somente uma dúzia de vans na região.

Neste domingo, a avenida estará aberta para pedestres a partir das 21h (16h de Brasília), quando será dado o pontapé inicial da decisão da Liga dos Campeões. Não será permitida a entrada de veículos, medida raramente utilizada e normalmente aplicada em ocasiões especiais como a véspera de Ano Novo.

No Parque dos Príncipes, o PSG transmitirá a partida em um telão gigante, com o público limitado a 5.000 torcedores, o número máximo que pode assistir a jogos de futebol na França na conjuntura atual. Todos os presentes precisarão usar máscaras e lavar as mãos. A polícia ficará posicionada do lado de fora para evitar as cenas vistas após o duelo da semifinal.

Um campo do centro de treinamento do PSG, em Saint-Germain-en-Laye, também receberá torcedores do clube para a grande final. Cerca de 500 fãs poderão assistir ao jogo decisivo contra o Bayern de Munique, que já soma cinco conquistas do torneio de elite da Europa e vai em busca do hexacampeonato.

A partida não é a mais importante da história de 50 anos do PSG apenas pelo aspecto desportivo. A relevância financeira também é um destaque: o clube nunca tinha passado das quartas de final desde 2011, apesar do grande apoio dos investidores do Catar, estimado em mais de 1,5 bilhão de euros (cerca de R$ 9,950 bilhões, em valores atuais).

O valor inclui a compra do atacante brasileiro Neymar junto ao Barcelona, efetuada por 222 milhões de euros (cerca de R$ 950 milhões) em 2017. O montante também abarca os 180 milhões de euros (cerca de R$ 680 milhões) pagos ao Monaco pelo atacante francês Kylian Mbappé em 2018. São os dois jogadores mais caros da história do futebol mundial.

Estadão
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