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Paris Saint-Germain

Mbappé admite França sem o melhor torneio e defende Neymar

Para o astro, brasileiro não entendeu "jeito do país" ao chegar ao Paris Saint-Germain, o que acabou gerando problemas com a torcida do time

24 ago 2021 - 12h55
(atualizado às 15h57)
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O atacante Kylian Mbappé, do Paris Saint-Germain, admitiu que o Campeonato Francês não é o mais competitivo na atualidade, confirmou ter um compromisso pelo crescimento da competição nacional e defendeu o brasileiro Neymar, seu colega de time, de críticas que sofreu depois da transferência do Barcelona para o clube francês, em 2017.

Mbappé revela que teve conversa com Neymar após brilhar na Copa de 2018
Mbappé revela que teve conversa com Neymar após brilhar na Copa de 2018
Foto: Reprodução/@psg.fr

"A França não tem o melhor campeonato do mundo", disse o jovem astro, em entrevista publicada nesta terça-feira pela revista espanhola Esquire España. Mbappé, no entanto, garantiu que, apesar disso, ao ser um "jogador emblemático", como ele próprio classificou, sempre sentiu "a responsabilidade de ajudar para que a liga cresça".

O francês mostrou tranquilidade diante da missão de integrar um ataque que contará com Neymar e também com o craque argentino Lionel Messi, recém-contratado após deixar o Barcelona, já que se considera "um jogador moderno, que pode jogar em qualquer lugar".

Mbappé ainda deixou claro que não se enxerga entre os maiores jogadores do futebol na atualidade, apontando o novo companheiro argentino e o atacante português Cristiano Ronaldo, da Juventus, como acima dos demais. "Se você diz a si mesmo que fará as coisas melhor do que eles, isso vai além do ego ou da determinação: é falta de consciência. Esses jogadores são incomparáveis, destruíram as leis da estatística, tiveram dez, 15 anos extraordinários", avaliou.

Questionado sobre Neymar, Mbappé revelou que conversou com o camisa 10 da Seleção Brasileira para explicar como é a "mentalidade francesa" e a diferença para o estilo de vida dos brasileiros.

"No Brasil, as pessoas são mais festivas; na França, mais sérias, não se considera bom mostrar suas paixões. Pensarão que se descuida do PSG porque joga pôquer, mas ele começou a entender. No início, foi difícil porque ele viveu como uma afronta", disse o atacante. "Quando chegou, colocaram a cara dele na Torre Eiffel e seis meses depois perguntavam porque ele joga pôquer. Na França, as pessoas sabem o que acontece, mas não precisam ver. Só querem ver você jogar futebol, sorrindo", completou.

Mbappé falou ainda sobre a importância da conquista da Copa do Mundo de 2018, quando tinha apenas 19 anos, na Rússia, e revelou que após o título, ao retornar ao Paris Saint-Germain, conversou com Neymar. "Não vou invadir o teu território. Serei candidato à Bola de Ouro este ano (2018) porque você não será, mas te garanto que não quero ocupar o teu lugar", contou o francês para, depois, falar justamente da importância do ego para os jogadores de alto rendimento.

Questionado sobre o norueguês Erling Haaland, jovem de 21 anos e que tem média de quase um gol por jogo no Borussia Dortmund, Mbappé afirmou: "É o segundo ano dele, estamos começando a conhecê-lo. Estou feliz por ele e pelo que está fazendo".

Estadão
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