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Futebol Internacional

Corrupção no futebol inicia efeito cascata na América do Sul

19 nov 2015 - 15h59
(atualizado às 17h14)
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A renúncia nesta quarta-feira (18) do presidente da federação chilena de futebol, Sergio Jadue, evidencia o curso do efeito cascata do combate à corrupção no futebol e expõe mais uma vez os principais dirigentes esportivos da América do Sul. Jadue seguiu o rastro do mandatário da federação colombiana, Luis Bedoya, outro a renunciar ao cargo em novembro.  

Sergio Jadue deixou o comando da Federação Chilena de Futebol nesta última quarta-feira (18)
Sergio Jadue deixou o comando da Federação Chilena de Futebol nesta última quarta-feira (18)
Foto: Getty Images

Em 27 de maio, em Zurique, numa operação do FBI contra a corrupção no futebol, outro presidente de federação do continente teve de trocar um relógio de ouro por um par de algemas - Rafael Esquivel, da Venezuela.

Mesmo à distância, o destino lhe reservou uma companhia de ofício. Em julho, o presidente da federação  boliviana, Carlos Chavez, foi preso em seu país por crimes de corrupção.

A tendência é que essa lista aumente. No Brasil, o presidente da CBF,  Marco Polo Del Nero, pediu um habeas corpus ao STF para evitar sua prisão quando tiver de falar à CPI do Futebol no Senado, que investiga ligações da confederação com negócios ilícitos.

Ele nem sequer viaja mais para o exterior, provavelmente pelo receio de ser detido pelo FBI, embora negue que esse seja o motivo de sua aversão repentina pelo tráfego aéreo. Alega que a demanda interna de trabalho tem sido muito grande.  

No Equador, o presidente da federação local, Luis Chiriboga, está na mira da Procuradoria Geral de seu país, sob suspeita de ter enriquecido com o dinheiro alheio. Já seu colega argentino, Luis Segura, ficou em situação delicada, pressionado pela opinião pública, depois de admitir que vendeu ingressos da Copa do Mundo de 2014 que eram destinados à federação.  

Os problemas com os chefes do futebol sul-americano também afetam o presidente da federação do Peru, Edwin Oviedo, acusado de receber indevidamente dinheiro em transação com seu antecessor, Manuel Burga. No Uruguai, Sebastian Bauza, que encerrou seu mandato este ano, é investigado por suspeita de envolvimento num esquema fraudulento com empresa de marketing esportivo ligada à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

Já Alejandro Dominguez, presidente da federação paraguaia, tem ocupado parte de seu tempo para desmentir acusação de que sua entidade recebeu propinas no valor de US$ 7, 5 milhões durante a gestão de seu antecessor, Juan Angel Napout. Hoje, Napout é o presidente da Conmebol.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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