Ex-craque português, Eusébio reclama de Pelé e diz que Garrincha foi melhor
29 nov2011 - 23h06
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Durante encontro de antigos craques na Soccerex (convenção mundial de futebol), o português Eusébio chamou atenção ao criticar as atitudes violentas de Pelé quando jogador e dizer que Garrincha foi superior.
"Para levar vantagem, Pelé às vezes era muito violento. Não tiro seu valor ou sua categoria, sou até mais amigo dele do que ele meu, mas cheguei a ele: 'pelo amor de Deus! Não há Cassius Clay (ex-boxeador também conhecido como Mohammed Ali) aqui'", reclamou Eusébio, que teve a companhia do brasileiro Carlos Alberto Torres, do holândes Ruud Gullit, do argentino Osvaldo Ardilles e do inglês Bobby Robson.
Foi em um encontro com Portugal que Pelé contundiu-se e acabou sendo forçado a abandonar a Copa do Mundo de 1966, quando a Seleção Brasileira não conseguiu repetir as façanhas de 1958 e 1962 e foi precocemente eliminada. Eusébio defendeu seus antigos companheiros, muitas vezes acusados de abusarem da violência, e lembrou de um duelo pela Copa das Nações de 1964, em que Pelé estaria "batendo até no rosto dos zagueiros".
Sem usar a conduta de Pelé como justificativa, Eusébio lembrou de Garrincha. "Houve um brasileiro melhor que Pelé: Garrincha. Tinha uma perna torta e outra normal, como podia fazer tudo aquilo? Era um paralítico", suspirou. "Ele era muito melhor do que todos nós, mas era do povo, gostava de uma bebida que não era água e, por isso, ficou marginalizado".
René Ndémézo'o Obiang, Ministro de Cultura, Juventude, Esportes e Lazer do Gabão, esteve presente durante o treino da Seleção Brasileira, nesta quarta, no país africano
Foto: Celso Paiva / Terra
Em meio às atividades dos comandados de Mano Menezes, Obiang contou ter jogado contra Pelé em 1967
Foto: Celso Paiva / Terra
Segundo ele, a partida foi parte de uma excursão do Santos pela África, na qual o time teria ido do Congo para lá em meio ao trajeto
Foto: Celso Paiva / Terra
O Ministro conta ainda ter relação bastante amigável com outro brasileiro: Jairzinho, campeão mundial com a Seleção na Copa de 1970 e posteriormente técnico da seleção gabonesa
Foto: Celso Paiva / Terra
O homem-forte do esporte gabonês ainda destacou a importância desta quinta-feira para seu país, que será uma das sedes da Copa Africana de Nações de 2012: "é uma chance única que nós temos de enfrentar o Brasil. Será um jogo histórico e importante para nossa preparação para a Copa Africana de Nações", disse
Foto: Celso Paiva / Terra
A partida marcará a reestréia do Estádio Nacional de Libreville, que será uma das quatro sedes da Copa Africana de Nações 2012. A competição será sediada também na Guiné Equatorial
Foto: Celso Paiva / Terra
A presença do Santos no País foi relembrada nesta quarta-feira pela imprensa local; o Gabbon Sports Plus relatou diversos detalhes da vitória alvinegra sobre a equipe local, formada em sua totalidade por militares gaboneses