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Conmebol confirma final da Libertadores no Santiago Bernabéu em Madri

River Plate e Boca Juniors jogam no dia 9 de dezembro, às 17h30 (de Brasília), na capital espanhola

29 nov 2018 - 20h29
(atualizado às 21h41)
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Cinco dias de conversa não foram suficientes para Conmebol, River Plate e Boca Juniors definirem um local para a realização da finalíssima da Libertadores em território argentino ou, no mínimo, na América do Sul. Assim, recorreram ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, que costurou um acordo entre a confederação sul-americana e a Real Federação Espanhola, que aceitou receber a partida. Assim, no dia 9 de dezembro, às 20h30 (17h30 no horário de Brasília), o estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid, será o palco da partida, segundo confirmou a entidade sul-americana na noite desta quinta-feira.

A Conmebol já teria convencido a direção do River para a decisão. O clube aceitou a divisão de torcida - no Monumental de Nuñez, onde deveria ter sido a partida no sábado antes da confusão envolvendo torcedores e o ônibus do Boca, a torcida era apenas do mandante, como foi no empate de 2 a 2 em La Bombonera.

Por meio de um pronunciamento, o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, confirmou: "A final será jogada no estádio Santiago Bernabéu, en Madri, no domingo do dia 8, com a presença das duas torcidas". E o dirigente fez questão de enfatizar que a violência não poderia se sobrepor à decisão. "Este é o esporte rei. Quem o conhece sabe que é somente ganhar ou perder e não matar ou morrer. Estamos dando um passo adiante", enfatizou.

Desde as primeiras reuniões entre membros da Conmebol e dos clubes envolvidos, ficou definido que o jogo não aconteceria mais em Buenos Aires. E que ele seria marcado para o fim de semana. A escolha de Madri tem o dedo da Fifa. Infantino, que estava na Argentina no dia da confusão, fez a ponte com a federação da Espanha e com o Real Madrid.

Foi sua intervenção que derrubou a ideia de levar a final para o Catar, a preferência inicial da Conmebol e que já era comemorada pelo país árabe. O suíço temia antecipar críticas em relação à situação no país que receberá a Copa de 2022. Além disso, insistia que levar o jogo para o golfo significaria enterrar sua dimensão global. Infantino sugeriu que o jogo ocorresse em algum estádio europeu, o que era visto com suspeita por parte dos sul-americanos, preocupados com a repercussão que isso teria para uma Copa em 2030. Os argentinos querem sediar o Mundial, mas têm a concorrência dos espanhóis. As partes teriam se acertado no sentido de que o jogo em Madri não seria usado pela Uefa como forma de promover a candidatura Espanhola para a Copa de 2030.

Em um primeiro momento, Assunção, no Paraguai, Doha, no Catar, e Miami, nos EUA, apareceram como favoritas. No Brasil, Belo Horizonte ofereceu o Mineirão e a cidade de São Paulo poderia ceder Pacaembu ou Morumbi para a decisão.

Existe ainda uma condição para ressarcir os torcedores do River que compraram ingressos e não viram a partida. Na data prevista para o confronto, o ônibus do Boca foi apedrejado por torcedores rivais quando se aproximava do Monumental. Alguns jogadores ficaram feridos, entre eles o capitão Pablo Pérez, que teve lesões no olho e nos braços. A Conmebol mudou o horário do duelo duas vezes naquele dia, antes de adiá-lo para a tarde seguinte, domingo, quando, então, ele foi suspenso porque o Boca se recusou a entrar em campo alegando desigualdade de condições de jogo.

O Boca ainda aguarda julgamento de recurso onde pede os pontos da partida e, consequentemente, a taça de campeão.

Estadão
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