CAS nega recurso e mantém Ricardo Teixeira banido do futebol
Corte Arbitral do Esporte sustenta punição do Comitê de Ética da Fifa e ainda exige que ex-presidente da CBF pague multa de R$ 5,69 milhões
Ricardo Teixeira continuará banido do futebol. A Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) recusou nesta terça-feira o recurso do ex-presidente da CBF para reverter a punição imposta pela Fifa em 29 de novembro de 2019 e, com isso, o ex-dirigente prossegue afastado de qualquer atividade envolvendo futebol pelo resto de sua vida. A determinação original havia sido aplicada pelo Comitê de Ética da máxima entidade do esporte mais popular do planeta.
Além do banimento, Ricardo Teixeira terá de pagar a multa de 1 milhão de francos suíços (cerca de R$ 5,69 milhões, pela cotação atual) imposta pela Fifa.
Presidente da CBF entre 1989 e 2012, Teixeira foi acusado de violar o artigo 27 do Código de Ética da Fifa. Recaem sobre ele as acusações de receber mais de R$ 30 milhões em propinas em diversas negociações envolvendo a entidade que comanda o futebol nacional, como na assinatura do contrato com a Nike e na venda de direitos de transmissão de TV na Copa do Brasil.
O dirigente apelou à CAS em 20 de novembro de 2019, pedindo a anulação da punição. Sua defesa sustentava que a Fifa não teria jurisdição para puni-lo. Caso houvesse decisão favorável, Teixeira poderia voltar ao cenário do futebol.
Entretanto, nesta terça-feira, o máximo tribunal esportivo recusou por unanimidade, em painel composto por três especialistas, o recurso apresentado pela defesa do ex-presidente da CBF.
"A CAS concluiu que Ricardo Teixeira violou o artigo 27 do Código de Ética da Fifa e considerou que a sanção imposta pelo Comitê de Ética da Fifa foi proporcional, visto que a quantidade de propina recebida por Teixeira foi extraordinariamente alta", escreveu o tribunal.