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Borghi culpa Sampaoli e jogadores por fracasso na seleção do Chile

30 mai 2013 - 12h22
(atualizado às 19h24)
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O ex-treinador argentino da seleção chilena, Claudio Borghi, quebrou o silêncio de vários meses para culpar seu sucessor, Jorge Sampaoli, alguns dirigentes e jogadores por seu fracasso no processo de classificar a equipe para a Copa do Mundo de 2014.

Sampaoli, que durante o período de Borghi na seleção dirigia a Universidad de Chile, "exerceu uma constante pressão sob meu trabalho", afirmou Borghi em entrevista publicada nesta quinta-feira "El Mercurio", a primeira desde que foi tirado do cargo no final do ano passado.

Borghi incluiu José Yuraszeck, presidente da Universidad de Chile, e o espanhol Jorge Sebóvia, dono do Unión Española, na lista dos responsáveis pela sua saída, e desculpou Sergio Jadue, presidente da Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP).

"Não foi Sergio Jadue que me tirou", disse Borghi, que foi demitido no vestiário após um amistoso perante a Sérvia disputado em Madri em 14 de novembro de 2012, no qual sua equipe jogou muito mal e perdeu por 3 a 1.

Dos jogadores, Borghi disse que "eles deveriam ter assumido a responsabilidade após o fracasso no nosso processo" e mencionou especificamente o lateral Mauricio Isla (Juventus) que "nunca foi comprometido com o projeto".

Ao mesmo tempo, disse que não teve nenhuma responsabilidade nos frequentes episódios de indisciplina e não entende porque as pessoas diziam que não conseguia manter a ordem no elenco.

Questionado se ficou desiludido com os jogadores, Borghi respondeu "com um velho ditado do futebol: o melhor jogador é quem te passa a perna".

Com relação aos elogios que os jogadores fazem ao compatriota Sampaoli, Borghi comentou que assim se completa "o que sempre acontece no futebol: morre um treinador, o próximo vira ídolo".

Segundo Borghi, Sampaoli o pressionava "pondo os jogadores da La U no meio dos interesses do clube e da seleção", algo que o clube "segue fazendo. Claro que agora Sampaoli está na outra parte".

Claudio Borghi deixou a seleção no sexto lugar das Eliminatórias, fora da zona de classificação e com Sampaoli no banco nas duas últimas jornadas, o Chile já está em quarto, momentaneamente com vaga para a Copa no Brasil.

"Com Sampaoli acho que a seleção não mudou muito", opinou no entanto Claudio Borghi, embora imediatamente tenha admitido que no amistoso com o Brasil em 25 de abril em Belo Horizonte (2 a 2), a seleção chilena, que jogou só com atletas que atuam no país, "mostrou uma dinâmica impressionante".

Em sua opinião, Sampaoli chegou à seleção porque "sempre o treinador da equipe de moda é candidato para dirigir a seleção" e assegurou que pensava que José Luis Sierra, técnico da Unión Española, devia ser seu sucessor.

Nas últimas semanas, o nome de Borghi soou como possível técnico do Colo Colo, e de fato, é o favorito dos torcedores, após ter ganhado quatro campeonatos com o clube entre os anos 2006 e 2007.

"Ninguém falou comigo. Eu não sei sinceramente qual é o projeto que tem do Colo Colo. Me parece que é algo sério, de acordo com os nomes que que surgiram como opções, (Jorge) Pellicer, (José Luis) Sierra e (Gustavo) Benítez são todas boas cartas para dirigir a Colo Colo",comentou.

EFE   
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