Acusações de suborno "não têm nenhum cabimento", diz Conmebol
A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) alegou por meio de nota nesta segunda-feira que as acusações de recebimento de subornos por parte de Ricardo Teixeira e outros membros do Comitê Executivo da Fifa "não têm nenhum cabimento".
"Cada vez que tentam criar polêmica, renovam as acusações", disse à Agência Efe o porta-voz da Conmebol, Néstor Benítez.
O presidente da entidade sul-americana, o paraguaio Nicolás Leoz, e o mandatário da Confederação Africana de Futebol (CAF), o camaronês Issa Hayatou, são, junto com Teixeira, os outros acusados de terem recebido dinheiro de uma empresa de marketing esportivo que administrava a venda dos direitos audiovisuais das competições da Fifa, segundo investigações da rede britânica "BBC".
Benítez disse que a Conmebol rejeita taxativamente as acusações e lembrou que, no caso de Leoz, a própria Fifa desprezou outra insinuação anterior após concluir que "nada existia".
Em setembro de 2006, o jornal britânico "The Guardian" disse que Leoz foi acusado pela Justiça suíça de ter recebido pagamentos no valor de 211.625 euros, efetuados em 2000 pela empresa ISMM-ISL.
"O presidente da Confederação viaja com assiduidade à Suíça e jamais teve problemas com ninguém", afirmou Benítez, que explicou que Leoz se encontra em Zurique à espera da reunião executiva de quinta-feira, na qual o Comitê Executivo da Fifa determinará as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
Segundo a "BBC", Teixeira, Leoz e Hayatou, todos membros do Comitê Executivo da Fifa, aceitaram em 1990 subornos de até 76 milhões de euros.
O programa "Panorama", da rede britânica, informou que os três dirigentes receberam dinheiro da ISL, que faliu em 2001.
Para a organização do Mundial de 2018, a Inglaterra concorre com a Candidatura Ibérica (Espanha e Portugal), a parceria entre Bélgica e Holanda e a proposta da Rússia. Para 2022, os aspirantes são Austrália, Estados Unidos, Japão, Catar e Coreia do Sul.
Em sua reunião executiva do dia 25 de novembro, em Assunção, a Conmebol tornou público o apoio da entidade à Candidatura Ibérica, e o secretário-geral da entidade, o argentino Eduardo Deluca, alegou razões de afinidade esportiva e cultural.