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Futebol é secundário na entidade de capitão do Penta

A Fundação Cafu busca uma constante inovação em seus projetos e corre atrás de parcerias para coloca-los em prática

14 jul 2014 - 08h00
(atualizado às 10h11)
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Marcos Evangelista de Morais ou simplesmente Cafu, 44 anos, emocionou os brasileiros ao levantar a taça da Copa do Mundo de 2002, sagrando o Brasil Pentacampeão, após o 2 a 0 sobre a Alemanha, no Estádio de Yokohama, no Japão. Graças ao seu carisma e simpatia, na Copa de 2014, Cafu foi figurinha carimbada nos estádios e programas de televisão.

Sempre que pode, o atleta faz questão de mostrar seu amor ao bairro Jardim Irene, onde cresceu, em São Paulo. Todo esse carinho, porém, não ficou no discurso: há 10 anos, Cafu concretizou um desejo antigo: a criação da Fundação Cafu – Alimentando Sonhos, entidade sem fins lucrativos, que atua no combate à desigualdade social na região sul da capital paulista.

A organização realiza cerca de 1.250 atendimentos por mês, sendo 750 crianças entre 3 e 18 anos de idade que estejam dentro dos critérios de seleção (estar matriculado em escola pública, morar no bairro Jardim Irene ou próximo e ter renda familiar de até três salários mínimos). A entidade atende ainda outras 500 pessoas, entre 18 e 60 anos.

“Nós utilizamos o futebol como ferramenta de inclusão social. Não estamos interessados na profissionalização do esporte. Oferecemos ética, autonomia, respeito, humildade e esperança”, explica Silvia Abranches, 37 anos, diretora-superintendente da Fundação Cafu. O ex-lateral-direito, de passagens vencedoras por clubes brasileiros e pela Seleção Brasileira auxiliou, em 10 anos de Fundação, mais de 5.000 pessoas.

As crianças e adolescentes são atendidos de forma gratuita em três núcleos: Esporte, Saúde e “Colcha de Retalhos” (atividades lúdicas e culturais). Os mais velhos são inseridos no núcleo de Geração de Renda e Profissionalizante, com cursos voltados para o mercado de trabalho. No total, 19 profissionais contratados trabalham na Fundação entre professores, arte-educadores, coordenadores da área administrativa, seguranças e vigilantes.

Globalizar a ajuda ao próximo pela internet

A Fundação Cafu busca uma constante inovação em seus projetos e corre atrás de parcerias para coloca-los em prática. Plataformas online de captação de recursos (crowdfunding) também se configuram como alternativas válidas para atingir os objetivos. A ideia é conseguir investimentos para manter crianças e adolescentes fora das ruas, oferecendo atividades esportivas e artísticas.

No Brasil, a Fundação Cafu é mantida com recursos do ex-jogador e doações de parceiros do setor privado. De acordo com Sílvia, “ele é uma inspiração para as crianças”. “Participa das atividades, conversa e tenta estar sempre presente. Além disso, ele é um morador do bairro que teve sucesso na carreira e, até hoje, mantém suas raízes.”

Após a Copa do Mundo, a Fundação quer incorporar a ação Gente Grande, que visa oferecer um projeto de vida para o jovem no mercado de trabalho, possibilitando o ingresso em uma universidade pública e o primeiro emprego.

Fonte: Dialoog Comunicação
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