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Flamengo não deixa a Libra 'de jeito nenhum' e banca nova distribuição de receitas de TV

Presidente do clube apresenta argumentos de contestação a conselheiros rubro-negros; bloco cobra manutenção de acordo

7 out 2025 - 22h38
(atualizado às 23h10)
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O Flamengo descarta deixar a Liga do Futebol Brasileiro (Libra). O plano do clube carioca é justamente o contrário: permanecer no bloco e bancar seu interesse em uma nova distribuição dos direitos de televisão. Os demais integrantes do bloco cobram a manutenção do acordo prévio.

Conforme apurou o Estadão, o entendimento do Flamengo é de que, se deixasse a Libra, o clube permitira unanimidade ao bloco nas votações, já que os cariocas são os únicos a discordar dos termos. Para defender seu interesse, o clube não sairá da associação "de jeito nenhum".

Em reunião do Conselho Deliberativo na noite desta terça-feira, o presidente flamenguista Luiz Eduardo Baptista, o Bap, apresentou os argumentos do Flamengo na questão aos conselheiros e reiterou que "a chance é zero" de o clube sair da Libra, contrariando o desejo de alguns membros do bloco. "Eles vão ter que conviver com o Flamengo até 31 de dezembro de 2029?, bradou.

O processo será arrastado, segundo disse um conselheiro do Flamengo. BAP não vai ceder e manterá a postura agressiva que deixou a Libra indignada e fez Leila Pereira, presidente do Palmeiras, atacar o presidente rubro-negro, ao chamá-lo de "terraflanista".

"Não tem os terraplanistas, que acreditam que a terra é plana? Agora tem os 'terraflamistas', que acreditam que a terra é plana e que o sistema solar gira ao redor do Flamengo e não é assim, gente", afirmou ela, em entrevista à GE TV. "Ninguém é maior do que ninguém, mais importante do que ninguém. Temos que botar os pés no chão."

A principal questão envolve a divisão dos direitos de TV. A Libra fechou com a Globo, em contrato até 2029, com valor anual de R$ 1,17 bilhão, mais uma variação referente ao Premiere, o pay-per-view do Grupo Globo. O dinheiro teria a seguinte divisão: 40% iguais para todos da primeira divisão, 30% segundo a posição na tabela e 30% por audiência.

Esses últimos 30% que guardam a confusão. Os demais clubes entendem se tratar de um cálculo simples, com a divisão para cada um conforme o percentual de audiência sobre essa parcela.

O Flamengo, contudo, aponta que o contrato prevê o cálculo ponderado pela contribuição de cada plataforma às receitas de transmissão e streaming. Ocorre que não houve definição sobre quanto cada uma (TV aberta, TV fechada e streaming) contribuem.

Daí o interesse em redefinir a distribuição, o que poderia aumentar o valor recebido nos cofres flamenguistas. A discussão virou uma pauta da gestão de Bap, que ganha apoio de conselheiros e da maioria dos torcedores.

Entre as divergências, o Flamengo bloqueou na Justiça R$ 77 milhões que seriam pagos pela Globo aos clubes da Libra, que entende que o time carioca não quer dialogar e o acusa de desrespeitar a decisão do bloco. "O futebol brasileiro não tem um dono. Tem milhões. Tem 212 milhões de donos", rebatera a Libra em comunicado recente.

O Flamengo ainda argumenta que a assembleia da Libra que deferiu a divisão foi irregular, por ter convocação alterada em relação ao começo da reunião e por não registrar unanimidade.

A Libra é formada por Atlético-MG, Bahia, Brusque, Ferroviária, Flamengo, Grêmio, Guarani, Palmeiras, Paysandu, Red Bull Bragantino, Remo, Santos, São Paulo, Vitória e Volta Redonda.

Embora o Vitória tenha deixado o grupo, a saída passa a ter efeito prático apenas a partir de 2030. O clube baiano assinou com a Liga Forte União (LFU). Para o ingresso, já foram vendidos 15% dos direitos televisivos até 2074 aos investidores coordenados pela Life Capital Partners (LCP) e pela XP Investimentos. A maioria dos integrantes desse grupo vendeu 10% anteriormente.

Estadão
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