Script = https://s1.trrsf.com/update-1747233309/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE
Logo do Flamengo

Flamengo

Favoritar Time

Clubes podem sofrer altas taxas de impostos no Mundial

Fifa ainda não garantiu isenção para 32 clubes participantes. Taxa de imposto pode variar de acordo com o estado onde os jogos são disputados

18 abr 2025 - 09h56
Compartilhar
Exibir comentários
Reprodução - Legenda: Gianni Infantino, presidente da Fifa
Reprodução - Legenda: Gianni Infantino, presidente da Fifa
Foto: Jogada10

Faltando apenas dois meses para a bola rolar no Mundial de Clubes, a Fifa se depara com negociações delicadas junto às autoridades dos EUA. A entidade ainda não conseguiu garantir isenções fiscais para os 32 clubes participantes, o que pode causar impactos financeiros significativos.

Anunciado em março, o torneio promete uma premiação histórica de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,8 bilhões), incluindo até US$ 125,8 milhões (cerca de R$ 730 milhões), para o campeão. No entanto, a ausência de acordos tributários pode obrigar os clubes a arcar com dezenas de milhões de dólares em impostos nos EUA, além dos tributos já devidos em seus países de origem.

Embora a Fifa tenha obtido isenções para os jogos da Copa do Mundo de 2026 nos EUA — com dispensa de vários impostos locais e sobre bilheteria —, o cronograma mais apertado do Mundial de Clubes dificultou a conquista de benefícios similares. As 12 cidades-sede foram confirmadas em setembro de 2024, menos de nove meses antes do início da competição.

Impostos variam de estado para estado

A entidade também enfrenta o desafio das diferenças entre legislações estaduais. Em estados como a Flórida, onde Miami e Orlando receberão jogos, não há imposto de renda estadual. Já em outras localidades, as alíquotas variam de 3% na Pensilvânia a 7% na Califórnia. Isso pode afetar diretamente a receita líquida dos clubes, dependendo de onde atuarem. O Paris Saint-Germain, por exemplo, disputará dois jogos da fase de grupos em Los Angeles e pode estar entre os mais prejudicados.

Outro ponto de tensão envolve os tratados de dupla tributação, que evitam a bitributação de empresas e pessoas físicas. Embora o governo federal americano reconheça esses acordos, alguns estados se recusam a acatá-los, o que cria distorções capazes de afetar os clubes de forma desigual. A Fifa, por isso, pressiona por uma solução que garanta tratamento fiscal justo e equilibrado a todos os participantes.

Nos bastidores, a entidade demonstra otimismo. O presidente Gianni Infantino intensificou o diálogo com autoridades americanas nas últimas semanas. Em março, reuniu-se duas vezes com Donald Trump e levou o troféu do torneio ao Salão Oval da Casa Branca. Mais recentemente, visitou o FBI, em um movimento interpretado como parte das negociações diplomáticas.

Procurada para se manifestar sobre o caso, a Fifa preferiu não comentar oficialmente. No entanto, fontes próximas às tratativas afirmam que a organização segue comprometida em defender os interesses dos clubes, respeitando a legislação tributária dos EUA.

Prêmios milionários

Apesar das discussões fiscais, o novo Mundial de Clubes promete injetar cifras inéditas no futebol. O torneio será financiado por um acordo global de transmissão com a plataforma de streaming DAZN. Ainda assim, a Fifa garante que a competição não comprometerá a estabilidade das ligas nacionais. Boa parte da premiação será absorvida por impostos, bônus aos atletas e custos operacionais. Além disso, para os clubes europeus de maior porte, o torneio substituirá as tradicionais excursões de verão.

A distribuição dos valores entre os clubes seguirá uma fórmula que leva em conta o desempenho histórico e o tamanho do mercado local. Os principais clubes europeus receberão mais. Bayern, PSG, Chelsea e Manchester City, por exemplo, ganharão US$ 38,19 milhões (R$ 221,5 milhões). Já os brasileiros Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras vão levar menos da metade, ou seja, US$ 15,21 milhões (R$ 86 milhões). A cada vitória na fase de grupos, os clubes receberão US$ 2 milhões (R$ 11,6 milhões). Avançar às oitavas renderá US$ 7,5 milhões (R$ 43,5 milhões), às quartas US$ 13,1 milhões (R$ 76 milhões), à semifinal US$ 21 milhões (R$ 121,8 milhões) e, em caso de título, US$ 40 milhões (R$ 232 milhões) — enquanto o vice-campeão levará US$ 30 milhões (R$ 174 milhões).

Além das premiações principais, a Fifa  destinou US$ 250 milhões (R$ 1,45 bilhões) para pagamentos de solidariedade a clubes que não participarão do torneio, e US$ 1 milhão (R$ 5,8 milhões) a cada uma das cidades-sede como parte do legado do evento.

Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, Threads,  Twitter, Instagram e Facebook.

Jogada10
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade