Uma final entre o atual campeão do mundo e a seleção anfitriã é tudo o que uma organização de evento sonha. Ainda mais quando o foco se perdeu para problemas que fogem de seu controle. Por isso, a confirmação da final entre Brasil e Espanha renovou as esperanças da Fifa de que uma decisão tão esperada possa devolver o foco da Copa das Confederações para o futebol.
Até o momento, a imagem que mais tem acompanhado a competição em todo o mundo é a de protestos contra a realização da Copa do Mundo do Brasil. Com a escalada de violência provocada por uma minoria extremista entre os manifestantes, todos os jogos do torneio dividiram espaço com a repercussão com o que ocorria nos arredores do estádio.
Nas duas semifinais, em Belo Horizonte e Fortaleza, confrontos entre grupos de manifestantes e Polícia Militar mais uma vez foram registrados. Um jovem morreu na capital mineira. Para o Maracanã, no próximo domingo, novas manifestações estão marcadas nas ruas do Rio de Janeiro, com a possibilidade de formação de um cinturão ao redor do estádio. O Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas se reunirá na sexta para anunciar seus planos.
Dentro de campo, o torneio chegou à final tão desejada por uma série de motivos. Espanha e Brasil não se enfrentam desde 1999, quando os ibéricos ainda não haviam ganhado um título mundial. Neste período, os europeus se consolidaram como predominantes no cenário mundial a partir da conquista da Eurocopa de 2008, mas o Brasil tem passado por instabilidade em seu futebol.
A ausência de um confronto entre os países criou a expectativa para o duelo que faltava para a atual geração vitoriosa da Espanha e serve de teste para uma seleção em formação como a brasileira. “A Espanha vem encantando o mundo, e a gente nunca teve a chance de enfrentá-la. Para eles, seria uma coisa bacana carimbarem o trabalho que eles têm feito com uma vitória sobre o Brasil no Rio de Janeiro. Para nós, é muito importante para dar confiança ao trabalho”, avaliou o goleiro Júlio César.
Por duas vezes neste período Brasil e Espanha tiveram próximo de enfrentar, mas derrotas dos espanhóis nas oitavas de final da Copa de 2006 para a França e na semifinal da Copa das Confederações de 2009 para os Estados Unidos inviabilizar o encontro. Neste domingo, finalmente as duas seleções vão se enfrentar. “É o que todo mundo quer ver”, disse o atacante Fred.
Espanha e Itália fizeram um jogo muito disputado nesta quinta-feira, pela semifinal da Copa das Confederações. A partida foi marcada pelo cansaço mostrado pelos dois times a partir da metade do segundo tempo, além das poucas chances de gol. Nos pênaltis, o equilíbrio continuou e a Espanha só conquistou a vaga após Bonucci desperdiçar a sétima cobrança italiana. Jesús Navas bateu no canto direito de Buffon e confirmou a Espanha como adversária do Brasil, domingo, no Maracanã
Foto: Bruno Santos / Terra
Candreva realizou a primeira cobrança. Com categoria, o meia da Lazio deu uma cavadinha e deslocou o goleiro Casillas
Foto: AFP
Um dos principais nomes da Espanha, Xavi esbanjou categoria ao bateu o primeiro pênalti espanhol. Ele deslocou Buffon e mandou a bola no ângulo esquerdo
Foto: AFP
Aquilani entrou no segundo tempo na vaga de Marchisio e também confirmou a cobrança, O meia bateu forte e rasteiro no canto direito de Casillas, que quase defendeu, mas não conseguiu evitar o gol italiano
Foto: AFP
Principal nome da Espanha, Iniesta bateu o pênalti no canto esquerdo de Buffon. O goleiro foi bem para a bola, mas não conseguiu efetuar a defesa
Foto: AFP
Tranquilo, De Rossi deslocou Casillas e colocou a Itália novamente na frente do marcador
Foto: AFP
Com Shakira nervosa na arquibancada, Piqué foi para a cobrança e esbanjou classe. O zagueiro do Barcelona descolocou o goleiro Buffon, que nem apareceu na foto
Foto: AFP
Giovinco entrou no lugar de Gilardino, que saiu de campo esgotado. Nos pênaltis, o rápido atacante deslocou o goleiro Casillas, que ficou parado no meio do gol, e jogou a responsabilidade para o próximo batedor espanhol
Foto: AFP
Buffon acertou o canto no chute de Sergio Ramos, mas o jogador do Real Madrid bateu muito bem para igualar o marcador. Muito vaiado, o zagueiro pediu calma para os torcedores após o gol
Foto: AFP
O meia Pirlo teve a responsabilidade de bater o quinto pênalti italiano e não decepcionou. O camisa 21 teve tranquilidade para jogar a bola no canto direito de Casillas, que nem se mexeu
Foto: AFP
Pressionado, Juan Mata foi o último batedor espanhol na primeira série. Com firmeza, o jogador do Chelsea deslocou Buffon e deixou tudo igual, levando a decisão para as cobranças alternadas
Foto: AFP
Montolivo deixou os italianos mais tranquilos e com a chance de vencer a partida após sua cobrança. O meia do Milan bateu rasteiro no canto direito de Casillas e mandou a responsabilidade para o lado espanhol
Foto: AFP
Mais uma vez a Espanha igualou o marcador, dessa vez com o volante Busquets. Com categoria, ele mandou a bola para um lado e Buffon para outro
Foto: AFP
Para a tristeza dos italianos, Bonucci desperdiçou a sétima cobrança. O zagueiro tentou bater forte, no alto, mas acabou isolando a bola, deixando a Espanha com a chance da vitória
Foto: AFP
Com tranquilidade, Jesús Navas finalizou forte no canto direito de Buffon e finalizou a partida. Após o gol, os jogadores espanhóis comemoraram com muita empolgação, já que a equipe do treinador Vicente del Bosque foi muito vaiada pela maioria da torcida brasileira no Castelão. Domingo, Brasil e Espanha decidem o título da Copa das Confederações, no Maracanã
Foto: AFP
Compartilhar
Publicidade
<a data-cke-saved-href="http://esportes.terra.com.br/infograficos/copa-das-confederacoes-protestos/iframe.htm" href="http://esportes.terra.com.br/infograficos/copa-das-confederacoes-protestos/iframe.htm">veja o infográfico</a>