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Cruzeiro acerta em demitir Larcamón? Setoristas opinam

Ao todo, Larcamón comandou o Cruzeiro em 14 jogos. Foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas. Aproveitamento de 59,5%.

9 abr 2024 - 05h06
(atualizado às 05h06)
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Nico Larcamón, técnico do Cruzeiro preparando o time para o jogo contra o Athletic
Nico Larcamón, técnico do Cruzeiro preparando o time para o jogo contra o Athletic
Foto: Gustavo Aleixo / Cruzeiro / Esporte News Mundo

O Cruzeiro comunicou, na última segunda-feira, que decidiu pela descontinuidade de Nicolás Larcamón no comando técnico da equipe. Além do treinador, deixam o clube os auxiliares técnicos Javier Berges e Damian Ayude, o analista de desempenho Miguelangel Leopardi e o preparador físico Juan Cruz Monaco.

Ao todo, Larcamón comandou o Cruzeiro em 14 jogos. Foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas, o que corresponde um aproveitamento de 59,5%.

O Esporte News Mundo, então, montou um texto com a opinião dos setoristas do clube no site. O argentino chegou com alta expectativa, mas não conseguiu colocar sua ideia de jogo em pleno funcionamento. No entanto, o pouco tempo de trabalho também pode ser um erro do clube celeste, que agora terá que contratar um novo treinador.

Veja a opinião dos setoristas

Alison Perpétuo:

"O técnico a Nicolas Larcamón chegou com boas expectativas por parte da torcida. Vindo de um trabalho qualificado no México e com táticas que agradavam o torcedor e a diretoria, se esperava que ele se encaixasse com o perfil dos jogadores e das contratações feitas até aqui pela diretoria Celeste. Contudo, logo no seu início de trabalho o Cruzeiro sofreu com a queda precoce na Copa do Brasil, para o Sousa-PB. Isso fez com que alguns questionamentos fossem levantados por ele. O primeiro foi em relação a nova utilização de Marlon nas saídas de bola, que claramente está abaixo do último ano. Também Larcamón foi criticado pelas suas insistências em alguns jogadores como Néris, Machado e Arthur Gomes. Além disso, ele não se fez valer o que foi dito pela diretoria no início do ano de que o campeonato mineiro seria um ótimo teste para a base e para os contratados.

A gota d'água chega nos jogos da final do Mineiro e na primeira partida da Copa Sul-Americana. Nico inicia o primeiro jogo da final com um esquema que ele ainda não tinha utilizado, com 3 zagueiros fixos jogando e Marlon lançado como um verdadeiro ala. No primeiro tempo daquela partida, um desastre por completo e 2 gols sofridos. Na segunda etapa arrumou a casa e conseguiu o empate. Já na Sul-Americana, time reserva contra o fraco time do Universidad Católica, do Equador. O time foi apático e irreconhecível em campo. Mostrando fragilidade na recomposição e nenhuma tática no ataque.

No domingo, teve a chance de se redimir pela eliminação da Copa do Brasil. O clima muito favorável para ele, 61 mil torcedores do Cruzeiro no Mineirão. Mesmo assim, Larcamón se complicou e perdeu o título de forma vexatória, se mostrando acuado após abrir o placar. Ao fazer o gol, ele chamou o Atlético para o seu campo, substituindo Vital por João Marcelo e novamente colocando 3 zagueiros fixos em seu esquema.

Com isso, sua demissão é justa, pois até aqui o time tinha uma tática, mas nada de um futebol de qualidade e chamativo como queria a torcida e a diretoria. Ele teve 3 meses de trabalho e boas peças em mãos, que não se fez funcionar. Suas convicções, falta de criatividade e entendimento de jogo fez com que sua queda no cargo do Cruzeiro fosse inevitável".

Gustavo Souza

"A diretoria do Cruzeiro errou, esse é o fato. Independentemente se errou ao contratar Nicolás Larcamón no início da temporada ou se errou ao demití-lo agora, mas essa situação reforça a falta de convicção da cúpula do futebol cruzeirense com os treinadores que eles mesmos contrataram. O Cruzeiro perdeu a final com Larcamón cometendo grandes erros nas finais, mas o Campeonato Mineiro não era um período de teste, adaptação e pré-temporada?

Se o argentino foi demitido porque as suas ideias não eram compatíveis com a visão da diretoria, qual a função das entrevistas com os treinadores antes das contratações? Em três meses Larcamón mudou toda sua visão de futebol? A diretoria do futebol fala em profissionalismo, mas na prática acumula erros amadores. Se essa mesma falta de convicção que a diretoria tem em relação aos treinadores fosse utilizada por Ronaldo, muitos profissionais já não estariam mais ali".

Juliana Tameirão

Nico não foi demitido, ele se demitiu. A demissão de Nicolás Larcamón não é sobre o vice-campeonato Mineiro. É sobre também a saída precoce na Copa do Brasil. É sobre as suas escolhas, suas convicções. Citando de exemplo o recorte dos últimos três jogos (os dois jogos da final) e a estreia na Sul-Americana, podemos destacar as escalações.

Por que repetir os mesmos erros? O treinador, ao longo de sua passagem na Toca da Raposa, mostrou a sua fragilidade para a leitura de jogo. Contra o Atlético-MG, quando o Cruzeiro sai à frente do placar, era o momento de aproveitar o ímpeto da torcida, ir para cima, ficar com a bola. Nico foi precoce. "Sentou" no resultado. Não esperou, sequer, as mudanças do adversário, que teria que vir para cima, para saber o que fazer. Medroso. E um "medo" que se repetiu na Copa do Brasil, quando também "sentou" no resultado, deu a bola para o outro time, sofreu os gols e foi eliminado. Roteiros parecidos e erros que não foram aprendidos. Cruzeiro é melhor e se defende melhor com a bola, mas em ambas as decisões, decidiu jogar e ficar sem a sua posse.

Acredito que o treinador não confia no seu próprio trabalho. Nico não mantinha a mesma ideia de um jogo para outro, não oportunizava alguns atletas, principalmente os garotos da base, e insistia em jogadores que todos sabem das suas limitações. No mais, para mim, decisão que veio tarde (deveria ter acontecido após o vexame da Copa do Brasil), mas acertada.

Esporte News Mundo
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