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Corinthians revela superávit e quer economia de R$10 milhões no ano sendo competitivo

Clube do Parque São Jorge acumula R$ 950 milhões em dívidas e planeja contenção de gastos sem prejudicar lado esportivo

12 jan 2022 - 14h13
(atualizado às 14h13)
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O Corinthians soma uma impressionante dívida de pouco mais de R$ 950 milhões. Mas a atual diretoria comemora, em seu primeiro ano de trabalho, ter fechado com superávit de quase R$ 4 milhões. A ideia para 2022 é seguir baixando as cifras e fazer economia de ao menos R$ 10 milhões, mantendo um time competitivo em campo.

"Terminamos 2021 num superávit, sendo que tivemos um déficit de R$ 123 milhões em 2020. Para 2022, queremos dois dígitos de superávit", anunciou o diretor financeiro do clube, Wesley Melo. Ao lado do presidente Duílio Monteiro Alves e do diretor de marketing, José Colagrossi, ele falou dos planos para a temporada.

Com uma folha salarial em torno de R$ 11 milhões, o Corinthians ainda trabalha com uma porcentagem para trazer reforços e fechar o grupo. A meta continua em um centroavante de alto quilate. "Hoje estamos com 63% de gasto com o futebol do Corinthians, abaixo do que é necessário e o que é base até para a própria Uefa como parâmetro", falou Wesley. O padrão da entidade é de 70%.

"Atingimos os objetivos de 2021. Os números são consequência, mas tivemos uma mudança de mentalidade, que veio mais rápido do que imaginávamos. A chegada da Falconi nos ajudou demais nesse processo", revelou Wesley, citando a grande colaboração da empresa de consultoria financeira.

Duílio assumiu o Corinthians prometendo reduzir gastos e assim o fez. Muitos jogadores foram dispensados no início, com retardo da chegada de reforços. A faxina deu resultado e o clube segue se desfazendo de peças fora dos planos e que só causam prejuízo. Richard, Everaldo, Marquinhos, Léo Santos, Vitinho, Fessin, André Luís, Thiaguinho, Sornoza, Éderson... São vários os jogadores que o clube abriu mão neste começo de ano. Jonathan Cafu é mais um fora dos planos que busca novo time.

"A gente vem trabalhando, está melhorando financeiramente, estamos sendo bastante profissionais, como a torcida pedia. Não com dirigentes estatutários, mas com a Falconi e a KPMG (parceiras). É até um pouco de desabafo da minha parte", disse Duílio.

"O Corinthians é gigante, um dos maiores do mundo, fizemos um ano excelente de administração e reformulação. Montamos um time competitivo, que vai brigar por títulos este ano. Confiamos na nossa comissão técnica e temos nossa convicção", seguiu, sem falar em um único responsável pela readequação financeira.

"Ninguém aqui é o responsável, mas os números estão aí. Fizemos e temos de fazer mais. Foi o começo e isso nos deixa sonhar, como com Cavani. Temos condição de tentar, pois temos um parceiro que possibilitaria isso", enfatizou, explicando que as parcerias estão ajudando na busca do novos reforços, inclusive o sonhado camisa 9 de peso. Paulinho terá 100% dos vencimentos arcados pela Taunsa, que ainda se propõe e pagar os salários do centroavante. Willian recebe 50% do clube e outros 50% de um outro parceiro.

Goleador para já

O presidente corintiano confirmou que está trazendo o lateral-esquerdo Bruno Melo, do Fortaleza, a pedido da comissão técnica e explicou a busca por um centroavante. "Não tem alvo nem prazo. Será no formato baseado em marketing e terá de ser um nome forte, sim. Estamos procurando no mundo todo, estamos olhando o mercado, não tem prazo nem o jogador pra falar agora. Mas a ideia é não esperar até o meio do ano."

O dirigente, portanto, não aguardará pelo uruguaio, obrigado a cumprir o vínculo com o Manchester United até o meio do ano. "Conversei com o irmão do Cavani, que acompanha há algum tempo sua vontade de voltar à América do Sul. Depois disso parou por aí e ele tem contrato", enfatizou o dirigente, que se esquivou sobre Diego Costa. "Não conheço o Diego Costa, nem fiz proposta. Ele tem vínculo ainda com o Atlético-MG", enfatizou, sem esconder que o Corinthians "está no mercado."

Estadão
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