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Corinthians oficializa renovação de R$ 1,3 bilhão com a Nike após 'flerte' com Adidas

Novo acordo entre marca e clube é válido até 2035; ainda na gestão Augusto Melo, diretoria chegou a negociar com concorrente

15 ago 2025 - 10h49
(atualizado às 17h10)
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O Corinthians anunciou nesta sexta-feira, 15, o acerto com a Nike para que a marca continue como patrocinador esportiva do clube até 2035. O atual contrato se encerraria ao final desta temporada e, ainda na gestão Augusto Melo, o clube negociava com a Adidas.

"A Nike vai muito além de ser nossa fornecedora. É uma parceira de muitos anos que faz parte da nossa história, que nos conhece, que está conosco nos momentos de glória e na construção da identidade que define o torcedor corintiano. Estamos muito felizes com a concretização do negócio e com o futuro da parceria", afirmou Osmar Stabile, presidente interino do Corinthians.

A projeção bilionária inclui variáveis com premiações, comercialização de produtos, entre outros pontos que não foram divulgados pelas partes. Em agosto, durante evento de inauguração do novo Terrão, Stabile pontuou que o Corinthians havia assinado o maior "contrato de camisas do futebol sul-americano". A empresa norte-americana patrocina o clube desde 2003, de forma ininterrupta.

Depois de perder outras equipes, o Corinthians se tornou o único parceiro da Nike no Brasil. Isso fez com que a Nike viabilizasse um acordo ao longo dos últimos meses. Vale ressaltar, no entanto, que a partir do próximo ano o Vasco também se junta ao rol de clube patrocinados pela Nike.

Após ter as tratativas paralisadas no início deste ano, em meio à negociação da gestão de Augusto Melo com a Adidas, as partes retomaram as conversas após a destituição do então presidente. À época, o clube chegou a ter em mãos uma proposta superior a R$ 1 bilhão.

Parceria entre Nike e Corinthians se estende desde 2003.
Parceria entre Nike e Corinthians se estende desde 2003.
Foto: Divulgação/Nike / Estadão

No contrato firmado com a Nike, estava prevista um gatilho de renovação automático com o Corinthians, caso as partes não chegassem a um acordo pela extensão contratual. Ele foi ativado em 2024, passando a vigorar até 2029.

Por isso, caso o clube optasse por seguir com Adidas, o Corinthians poderia ter de arcar com uma briga judicial com a Nike. A gestão de Augusto Melo estava disposta a bancar a decisão, o que não ocorreu assim que Stabile assumiu interinamente.

"Caminhar com o Corinthians por mais de duas décadas é uma honra imensa para a marca", afirmou Gustavo Furtado, CEO do Grupo SBF, operador da FISIA, distribuidora oficial da Nike no Brasil. "Cada camisa, cada ativação e cada momento compartilhado reforçam nosso compromisso de seguir inovando e fortalecendo essa história juntos. Estamos prontos para continuar escrevendo novos capítulos grandiosos."

Ao longo das últimas duas décadas, a Nike promoveu diversas campanhas de marketing com o Corinthians. Entre elas, destacam-se coleções em homenagem a Ayrton Senna, Ronaldo Giovanelli, Sócrates, Ronaldo Fenômeno, entre outros. Além disso, a marca promoveu ações juntamente com a equipe feminina ("Respeita as mina") e de combate ao racismo.

Nova realidade

O novo acordo entre Corinthians e Nike expandiu o valor do clube nacionalmente e em escala mundial. "Durante décadas, os contratos das equipes de futebol junto aos players de material esportivo não condiziam com o tamanho das equipes. Com o passar do tempo e a valorização ainda mais das marcas dos clubes, e o acirramento da concorrência, esses acordos passaram a reproduzir com mais compatibilidade o tamanho das agremiações", analisa Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo.

"Os clubes de futebol, atualmente, chegaram ao ápice dos contratos de fornecimento de material esportivo, seguindo a tendência que outras entidades gigantes fizeram recentemente, como Federação Alemã, Federação Francesa e CBF", pontua. Ainda assim, a discrepância de valores se comparada com o futebol europeu é enorme. No Barcelona, a renovação de contrato fechada recentemente foi 1,7 bilhão de euros ao longo dos 14 anos de duração do compromisso, cerca de R$ 10,35 bilhões na cotação atual — R$ 714 milhões por ano. Já o Real Madrid, com a Adidas, recebe R$ 739 milhões anuais.

"Comparar suas receitas com as dos clubes brasileiros exige bom senso. A margem e a composição de cada tipo de receita entre as diversas que cada clube pode ter são diferentes. No caso de licenciamentos estamos falando de royalties que vem pros clubes e não o valor total da venda das camisas. Ainda assim, os números impressionam: os contratos de patrocínio de camisa desses gigantes superam, sozinhos, toda a arrecadação anual de muitos clubes no Brasil. Isso demonstra a força de marcas globais que vão muito além do futebol", acrescenta Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

Estadão
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