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Juarez Soares
Quinta-feira, 11 Janeiro de 2001, 12h01
terraesportes@terra.com.br

Festa em família


Época de fim de ano, começo de um novo século. Esse é um período dedicado a festas, realizadas por várias razões, pelos mais diversos motivos. São festas organizadas até sem motivo nenhum, talvez pelo simples desejo de dizer adeus ao que passou e receber com esperanças renovadas aquilo que vai chegar. Nada mais justo. Tal seria se cada um de nós não tivesse confiança para enfrentar os dias que de novo vão amanhecer.

Eu, pessoalmente, não sou muito chegado a festejos e comemorações. A vida me propôs e eu aceitei, desde cedo, a seguir uma rotina com a família, com datas repletas de alegria, com justificadas emoções. Mas sempre com disciplinada austeridade. Tenho lá minhas manias. Não vou a banquetes de clubes de futebol, não viajo em navios que ancoram em portos de mordomia. Nem mesmo ao aniversário da minha associação, a dos Cronistas Esportivos, tenho comparecido. Recebo os cartões de boas festas, os convites, tomo conhecimento, guardo os nomes, não respondo, deixo de lado.

Meus amigos sabem que sou assim. Assim me aceitam, convivemos em paz. Vez por outra recebo um convite para casamento. Essas lembranças vêm carregadas por um toque maior de consideração, não são convites pessoais. Envolvem a família, os filhos, toda uma história de vida. O convite para casamento traz uma oferta de amizade, abre um pouco a intimidade das pessoas. Foi assim outro dia. Não pude comparecer. Estou longe, distante do altar da união dos noivos. Fiquei contente, honrado com a lembrança. Soube, por amigos comuns, que foi uma festa bonita, chique mesmo. Com uma diferença: ali estavam apenas os amigos dos noivos, gente que mantém consideração e respeito pelos pais dos que se casaram. Imagino se esse casamento fosse realizado meses atrás. O ambiente seria outro. Haveriam de comparecer pessoas que gostam só da badalação, do fato social, envoltas pelo manto da futilidade.

Já que não pude comparecer, desejo aos noivos, Valeska e Fabiano, um casamento feliz, perene, com muitos filhos e muito amor. Aos pais do noivo, ao Wanderley Luxemburgo e Dona Jô, que são casados há 28 anos, pais de Valeska, o meu respeito e consideração. Muito obrigado pelo convite.

 

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