CAPA ESPORTES
 Últimas
 Resultados
 Esportes TV
 Terragol
 Esportes Show
 Imagem
 Papel de Parede
 Calendário 2002
 Notícias por e-mail
 Chance de gol
 Futebol
 Fórmula 1
 Automobilismo
 Tênis
 Basquete
 Vôlei
 Surfe
 Aventura
 Mais esportes
 Colunistas
 Especiais
 Fale com a gente


 Compras



Fernando Santos
Sexta-feira, 18 Janeiro de 2002, 18h31
terraesportes@terra.com.br

Tempos modernos


O basquete brasileiro dá sinais de renascimento. Três fatos marcantes neste início de ano colaboram para que seja possível acreditar em dias promissores pela frente: 1) a renovação no basquete paulista, principalmente com a equipe de Araraquara; 2) o contrato assinado entre a CBB e a TV Bandeirantes para a transmissão de jogos do Nacional; e 3) a contratação de Ânderson Varejão pelo Barcelona.

Esses três fatores significam um salto gigantesco para o basquete nacional. Há sinal de progresso nos trabalhos de base. Os dirigentes abriram os olhos para a TV aberta. E, finalmente, o mundo exterior descobriu que ainda existem jogadores de talento por aqui.

Ânderson, que agora vai jogar pelo poderoso Barcelona espanhol, coloca fim num longo período de estagnação na importação de jogadores brasileiros. Alguns podem sair em defesa do material humano nacional, que ainda é cedo para o garoto ir para a Europa. Pelo contrário: Ânderson só tem a ganhar no basquete da Espanha, que pode se transformar num trampolim para a NBA.

Lá fora, Ânderson irá desenvolver seu estilo valente no garrafão. O Brasil precisa de pivôs ágeis e fortes, e há muito não havia alguém como ele. E há mais neste caminho: Nenê, do Vasco, é outro forte candidato a conseguir uma chance no exterior.

Tão importante quanto a transferência de Ânderson (ou, quem sabe, de Nenê), é o indispensável trabalho de renovação, que resiste heroicamente no interior paulista. Mantendo, inclusive, o rótulo histórico de celeiro de craques. A prova está com a juventude do time de Araraquara, com sua brilhante campanha no Campeonato Paulista. É a certeza que temos, ao menos, sementes para plantar.

E o momento de deslumbramento atinge até mesmo os dirigentes. O contrato com a Bandeirantes é fundamental. O basquete está escondido nas TVs por assinatura, com seu público fiel, mas restrito. Agora, o basquete tem novamente a chance de se popularizar, e deixar de ser exclusividade de uma elite.

Mas é preciso ter consciência que ainda há muito o que fazer. Os clubes ainda vivem em situação econômica precária. O basquete feminino ainda está seriamente afetado pelos baixos investimentos. E o surgimento de talentos com nível internacional, como é o caso de Ânderson, é ainda algo raro. Mas, ao menos, há a perspectiva de tempos melhores.

 

veja lista das últimas colunas

Coluna do Internauta Wanderley Nogueira Juarez Soares
Marcos Caetano Fernando Santos