O ano novo começou com cara de ano velho. Arremessos precisos, lances acrobáticos, domínio completo dentro da quadra. 51 pontos num jogo, 45 no outro. Quem ainda duvida da capacidade de Michael Jordan?
O Bom Velhinho, como está sendo chamado, precisou de apenas dois meses para entrar no ritmo. Um ritmo alucinante, que já pode ser comparado aos seus melhores dias na NBA.
Jordan, que ficou três anos afastado, já é considerado um dos
favoritos ao título de MVP, o melhor jogador da temporada. Uma demonstração clara disso aconteceu na sua última partida de 2001.
Com o New Jersey Nets, time sensação da temporada, líder na
Conferência Leste, Jordan desbancou a nova geração. Além dos 45 pontos,
esteve perto de seu primeiro triple-douple nesta nova fase, com 10
assistências e 7 rebotes. Fora o show.
MJ mostrou seus velhos dotes acrobáticos, superou marcação dupla,
tripla e até quadrupla. Estava literalmente impossível pará-lo. Como nos bons tempos, que parecem estar de volta.
Desde os primeiros jogos, quando o Washington estava capenga, já havia alertado sobre a condição de Jordan. Ele já vem jogando bem desde as primeiras partidas. O time é que demorou a reagir, a se adaptar ao jogo do rei.
Quando as peças se encaixaram, Jordan pôde também relaxar. Tirou um
pouco o peso da responsabilidade excessiva. Ora, aos 38 anos, não é preciso esquentar a careca à toa. Com as peças entrosadas, seu jogo passou a evoluir. E os últimos resultados falam por si.
Nesse ritmo, será difícil tirar de Jordan o sexto título de MVP da
carreira. Seu maior adversário é a condição física. Técnica, ele já
demonstrou que tem de sobra. Resta saber se o corpo irá resistir a tanto talento. E, quanto a mais um anel de campeão, ainda é cedo para pensar no sétimo. Mas quem pode dizer que é impossível, após os 96 pontos em dois jogos?