CAPA ESPORTES
 Últimas
 Resultados
 Esportes TV
 Esportes Show
 Imagem
 Papel de Parede
 Calendário 2001
 Notícias por e-mail
 Chance de gol
 Futebol
 Fórmula 1
 Automobilismo
 Tênis
 Basquete
 Vôlei
 Surfe
 Aventura
 Mais esportes
 Colunistas
 Especiais
 Fale com a gente



 Compras



Fernando Santos
Segunda-feira, 12 Novembro de 2001, 10h12
terraesportes@terra.com.br

Jordan pede socorro!


Michael Jordan iniciou seu segundo retorno à NBA sem grandes expectativas. Dizia que fazia pelo amor ao esporte, e não estava preocupado com resultados. Talvez não imaginasse que seria tão doloroso.

Pela primeira vez desde 1990, Jordan soma quatro derrotas seguidas. Após sete partidas na temporada (cinco derrotas no total), ele começa a deixar o sonho e cair na real: o Washington Wizards é um time medíocre, como era na temporada passada.

Jordan pode ser rei, mas não é mágico. Ele pode jogar por um, por dois até. Mas não por cinco. Seus companheiros são terríveis, um convite à derrota a cada noite.

Pegamos como exemplo os dois últimos jogos: mais de 20 pontos de diferença durante a partida contra Golden State Warriors e Seattle Supersonics. Ok, o Seattle tem Gary Payton, mas o Warriors tem quem?

Não é preciso ter um super-astro para derrotar o Washington. Basta seguir o exemplo do time californiano. O Golden State cansou de cavar faltas e fazer infiltrações. O Wizards não tem pivôs de respeito, sua marcação é uma peneira.

No ataque, só Jordan não faz milagres. A situação chegou a tal ponto que MJ está caindo no desespero. Quer fazer tudo sozinho, tamanha a falta de confiança nos coleguinhas. E está pagando caro por isso.

É preciso lembrar que Jordan não é mais um garoto. Está perto dos 39 anos. E o resultado pôde ser visto e suas estatísticas contra o Washington: errou todos os 14 primeiros arremessos; o primeiro, ele só acertou com quase seis minutos do terceiro período; terminou o jogo com apenas 5 arremessos certos em 31 tentados; fez 16 pontos, sua menor pontuação na temporada.

Deve ser difícil Jordan olhar para o lado e descobrir que não tem mais um Scottie Pippen, um Ron Harper ou um Dennis Rodman. Ele deve se perguntar: o que eu estou fazendo no meio desses incompetentes?

A situação do técnico Doug Collins não é muito diferente do restante da equipe. Até agora, é inexplicável como ele tem utilizado tão mal o armador Tyronn Lue. O jogador era reserva do Los Angeles Lakers nas campanhas vitoriosas de 2000 e 2001. Assinou contrato com o Washington por US$ 3 milhões anuais. Só jogou quatro partidas, uma média ridícula de 14 minutos em quadra. Se o Washington precisa de uma sacudida, está na hora de dar a bola a Lue.

O Wizards também precisa aproveitar que ainda é possível fazer contratações e trocas para reforçar o elenco. Do contrário, será um páreo duro com o Chicago Bulls na disputa pela lanterna. E uma tremenda ingratidão com Jordan.

 

veja lista das últimas colunas

Coluna do Internauta Wanderley Nogueira Juarez Soares
Marcos Caetano Fernando Santos