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Fernando Santos
Sexta-feira, 07 Setembro de 2001, 16h20
terraesportes@terra.com.br

Há esperança?


Há dois anos, considerava impossível uma equipe da NBA ser campeã com um armador como Derek Fisher. Ele era um bom arremessador de três pontos, mas cometia erros demais quando partia em direção à cesta. No meio dos pivôs adversários, normalmente perdia a bola. E o jogo. E o crédito com a torcida.

Dois anos depois, orientado pelo mestre zen Phil Jackson, Derek Fisher não só se tornou bicampeão da NBA, como um dos principais jogadores do Los Angeles Lakers. Uma situação que pode muito bem servir de estímulo para a dupla de armadores da seleção brasileira, Helinho e Demétrius.

Ainda acredito que, da maneira como estão atuando, a seleção precisa mesmo de outros armadores. Eles não conseguem armar o ataque, possuem um arremesso limitado e falta-lhes liderança. Talvez o que mais falte a eles seja a orientação certa, exatamente como ocorreu com Derek Fisher.

Helinho e Demétrius têm uma boa reputação no basquete nacional. Entre os nossos armadores, estão sem dúvida entre os melhores. O que não quer dizer muito, em razão da baixa qualidade técnica. Mas eles podem aprender a função de um bom armador. Mas para isso precisarão ter um Phil Jackson por perto.

Já é possível detectar uma pequena evolução no desempenho dos dois jogadores. Helinho foi o cestinha do Brasil em duas das três primeiras partidas nos Jogos da Amizade. Na outra, o cestinha foi Demétrius. O que também não quer dizer muito, em razão do sofrível nível técnico das equipes. Mesmo os EUA estão atuando com um time de jovens jogadores da NBA.

Sem a pressão de um Sul-Americano classificatório para a Copa América, e da própria Copa América, é provável que os dois jogadores estejam mais relaxados. É provável também que tenham aprendido com os erros nas últimas competições da seleção. Ou simplesmente é provável que estejam se destacando em razão da fragilidade dos adversários.

A hipótese mais provável é que os dois tenham sentido o peso da responsabilidade. Eles sabem que precisam rever suas atitudes na quadra. Devem reconhecer suas limitações e a necessidade de melhorar. Sob o risco de perderam o lugar na seleção, apesar da proteção que recebem do técnico Hélio Rubens.

Não existe uma perseguição aos dois, como alguns internautas escreveram em mensagens a esta coluna. O que se cobra é uma participação eficiente na armação. Do contrário o processo evolutivo da seleção estará restrito em razão da falta de comando na armação.

E como aconteceu com Derek Fisher, por que Helinho e Demétrius não podem também aprender a jogar como verdadeiros armadores? É preciso um esforço individual dos dois jogadores e de orientação adequada de quem os dirige.

 

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