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Fernando Santos
Segunda-feira, 13 Agosto de 2001, 15h51
terraesportes@terra.com.br

Derrotas vitoriosas


A seleção brasileira fez uma boa campanha no torneio Super Four, na Argentina. Apesar das duas derrotas e de apenas uma vitória, a equipe começou a mostrar evolução e, principalmente, a ganhar confiança. Os novos jogadores estão se soltando, ganhando ritmo e alimentando esperanças para a Copa América, que começa nesta quinta-feira.

O Brasil fez dois jogos equilibrados contra Argentina e Lituânia (perdeu ambos por apenas seis pontos). As derrotas foram resultados normais. O que mais chamou a atenção foi a maneira como a equipe brasileira atuou. Não se deixando intimidar pela maior força do adversário, e procurando não se distanciar no placar.

O time esteve bem na defesa, como no último quarto contra a Lituânia. Só assim foi possível descontar uma diferença de 15 pontos e chegar ao empate a dois minutos do final. O que não é novidade para uma equipe treinada por Hélio Rubens, um especialista em defesa. Já é um grande passo para um time que vai em busca de uma vaga para o Mundial de 2002.

O momento agora é de acertar o ataque. Esse foi o ponto vulnerável da equipe na competição. A impressão foi que o Brasil se esforçou tanto em defender, que esqueceu de elaborar jogadas ofensivas. Em alguns momentos, os arremessadores (Marcelinho, Guilherme e Vanderlei) mal sabiam o que fazer com a bola. Com isso, os pivôs é que apareciam para arremessar. Assim, os erros foram muitos.

É natural que um time em formação, como é o caso da seleção brasileira, dê prioridade à defesa. Antes de tudo, o objetivo é evitar a cesta. Hélio Rubens está empenhado nisso, e deixando que os jogadores tentem resolver o ataque na individualidade. O que é um grande risco, já que os jogadores, na sua maioria, ainda têm pouca experiência internacional.

A vitória contra Porto Rico já mostrou uma evolução. Mais solto, Marcelinho conseguiu 27 pontos, o que demonstra seu potencial. É isso o que a seleção precisa: dar condições para que os jogadores possam desempenhar seu talento. Não só Marcelinho, mas também Guilherme e mesmo Vanderlei, que fez uma boa partida contra a Lituânia.

Além de dar melhores condições aos arremessadores, a seleção começa a descobrir seus pivôs. Nenê e Ânderson são os que mais cresceram nos últimos jogos, no Super Four e no Sul-americano. Jovens, ainda têm muito chão pela frente. Eles não podem assumir a responsabilidade pela definição das jogadas ofensivas. Mas, sim, tornarem- se uma alternativa muito interessante para a equipe.

O Brasil tem condições de explorar seus alas e tornar o jogo de arremessos o seu ponto forte. É claro que os adversários estarão preparados para isso. Aí então será a hora de explorar os jovens pivôs. Desta maneira, crescem as chances de uma campanha ainda melhor na Copa América e a classificação para o Mundial de Indianápolis, um passo fundamental para o processo de ressurreição da seleção masculina.

 

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