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Fernando Santos
Quarta-feira, 01 Agosto de 2001, 19h15
terraesportes@terra.com.br

Derrota em números


As estatísticas comprovam a versão de que a comissão técnica da seleção brasileira teve grande participação na derrota para a Argentina na final do Sul-Americano, no último domingo. Quatro jogadores reservas, que estão em grande fase mas foram desprezados, fizeram mais pontos do que os cinco titulares.

A escalação e o rodízio do técnico Hélio Rubens foram decisivos no resultado. Juntos, os cinco jogadores que iniciaram a partida fizeram apenas 29 pontos. O máximo que um deles conseguiu foi 10, com o armador Demétrius. Depois, vieram Vanderlei (9), Sandro (4) e Helinho e Ânderson (3). Mesmo assim, e cometendo seguidos erros, eles foram mantidos na equipe no último e decisivo período.

Enquanto isso, quatro jogadores ficaram no banco: Marcelinho (13 pontos), Guilherme (11), Nenê e Márcio (8). Apenas mais um reserva foi utilizado, com pouquíssimo tempo: o pivô Tiagão, que não pontuou. No balanço geral: os cinco titulares marcaram 29 pontos, contra 40 pontos de quatro reservas.

Foi muita colher de chá para a Argentina, que não vencia o Sul-Americano há mais de 10 anos. O que não dá para entender é como a comissão técnica do Brasil não percebeu a supremacia do seu banco. Não é possível que Hélio Rubens e seus auxiliares (Lula e Ênio Vechi) tenham ignorado a pontuação. Ou então, o que faziam à beira da quadra?

A estatística da decisão apenas comprova a situação do basquete brasileiro: está na hora de valorizar a nova geração, de dar oportunidade aos jogadores que estão surgindo. Não dá mais para sustentar a turma que acumulou fracassos nos últimos anos, muitos deles encobertos por falsas e enganosas conquistas, como a do Pan-Americano de Winnipeg.

Chega de demagogia e de showzinhos histéricos, como o de Hélio Rubens ao final do jogo, culpando a arbitragem pela derrota. Está mais do que claro que a opção de apostar em jogadores experientes, mas fracassados, foi o principal responsável pela perda do título. É hora de assumir o erro para evitar novos vexames. Ou, na próxima competição, será preciso encontrar um outro vilão para atirar a culpa.

 

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