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Fernando Santos
Sexta-feira, 09 Março de 2001, 17h35
terraesportes@terra.com.br

Drogas


Esse sempre foi um assunto polêmico na NBA. A liga ainda não consegue se afastar da imagem de encobrir casos de doping. E até quando se esforça, comete erros. Pelo menos, isso é o que pode ter acontecido com o polêmico ala Isiah Rider.

O jogador do Los Angeles Lakers foi suspenso por cinco jogos, acusado de ter "violado" as regras de doping da NBA. A liga não explicou que tipo de violação ocorreu.

Rider negou que tenha dado positivo em algum exame. Aliás, disse que nunca foi flagrado. O problema dele são, digamos, as más companhias. Quando jogava no Atlanta, foi acusado pelos próprios companheiros de fumar maconha. Daí, a imagem de encrenqueiro.

Para limpar a barra, Rider fez questão de convocar uma entrevista em Los Angeles para tentar esclarecer o caso. Ele diz que se recusou a participar do programa de recuperação aos drogados instituído pela liga. Claro, como nunca foi pego nem se considera um viciado, ele não participou. Resultado: gancho e corte no pagamento.

Outro jogador de Los Angeles, o pivô Lamar Odom, do Clippers, também sofreu a mesma punição. As duas atitudes acontecem uma semana depois da divulgação de uma ameaça feita pelo Comitê Olímpico dos EUA. Os jogadores da NBA estariam correndo risco de não disputar a próxima Olimpíada justamente por não serem incluídos nos testes antidoping dos demais atletas norte- americanos.

Nos anos 70, a NBA sofreu com a imagem de uma liga de atletas degenerados e viciados em drogas. Uma espécie de esporte marginalizado, que nos anos 80 mudou completamente, com o surgimento de deuses como Michael Jordan, Magic Johnson e Lari Byrd, acompanhado de um magnífico trabalho de marketing e publicidade.

Mesmo assim, hoje é difícil convencer que os atuais astros da liga estão acima de qualquer suspeita. Os exames antidoping ainda são raros. Para os veteranos, só acontecem antes do início da temporada, e assim mesmo só para detectar esteróides e heroína. Os rookies, novatos, sofrem um controle um pouco mais rigoroso: podem ser testados ao longo da temporada.

Com tantas brechas, não é surpresa que, uma hora ou outra, a liga encontre alguns Cristos para mostrar que sua política está em vigência. É preciso muito mais para a NBA ter o devido respeito dentro do rigor antidoping do mundo esportivo.

 

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