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Fernando Santos
Segunda-feira, 03 Setembro de 2001, 17h50
terraesportes@terra.com.br

2001 refelexões


A virada do século não deve ser motivo de comemoração para o basquete brasileiro, nem tão pouco de lamentações. É o momento de refletir o que melhor aconteceu nos últimos anos, e as lições que deveriam, mas não foram aprendidas.

Os mais exaltados estão vibrando com a classificação do Brasil em quarto lugar no ranking da Fiba, em razão das 13 medalhas (3 de ouro) em Olimpíadas e Campeonatos Mundiais.

Méritos para gente como Kanela, Wlamir, Oscar, Paula, Hortência, Janeth... Poderiam ser muito mais, claro. Mas o que mais chama a atenção é como o basquete brasileiro não soube, nesses anos todos, transformar suas glórias numa estrutura capaz de perpetuá-las e criar verdadeiras gerações de campeões.

Afinal, chegamos ao final do século como se estivéssemos engatinhando no basquete, e não, como deveríamos ser, uma potência internacional. Ou alguém acha que essa classificação no ranking é capaz de assustar em competições internacionais?

Hoje, apenas a seleção feminina pode causar medo em torneios lá fora, já que o time masculino, há algum tempo, está longe do primeiro escalão. Também não é o caso de jogar tudo no lixo e partir do zero.

Nada disso. O momento é de elevar o modelo do nosso basquete, que não pode mais ser encarado como um esporte amador. É preciso um plano de profissionalização e não apenas de captação de patrocinadores, algo que, mais claro do que nunca, não é a melhor saída.

O patrocínio precisa ser um complemento de uma estrutura moderna para o século 21. Viver às custas das empresas é um alto risco, que hoje está sendo vivido na pele principalmente pelos clubes paulistas.

No Rio, com fartura de investimento, há maior fôlego. Mas até quando? Mais do que um projeto para o ano 2001, o basquete necessita, com urgência, de um plano se salvação para o próximo século.

Do contrário, vamos continuar vivendo, e torcendo, pelo surgimento de novas pedras preciosas. Sem elas, corremos o risco de não ter nada para comemorar na virada de 2100.

Aproveito essa oportunidade para desejar a todos os internautas que acompanham essa coluna muito mais do que um feliz ano novo: feliz século novo a todos! Afinal, como diria o amigo e colunista de Fórmula 1 Flávio Gomes, "não é todo dia que se pode desejar um século de felicidades".

 

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