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Fernando Santos
Segunda-feira, 03 Setembro de 2001, 17h48
terraesportes@terra.com.br

Melhor que Jordan


Aos 22 anos, Kobe Bryant é melhor do que Michael Jordan foi quando tinha a mesma idade. Naquela época, início dos anos 80, o rei era apenas um astro do basquete universitário e estava longe de conquistar o seu primeiro título da NBA, algo que o garoto prodígio já tem.

Dizer que Kobe será melhor que Jordan, bem, isso só será possível ao final de sua carreira, digamos, no próximo século, em dez anos ou mais. Mas é indiscutível que seu potencial permite acreditar que um novo rei está a caminho do trono.

Veja, são apenas 22 anos. Michael Jordan ganhou seu primeiro título aos 28! Até chegar à idade maturidade, onde os grandes se tornam gigantes, Bryant ainda tem seis anos pela frente. Com potencial para superar os seis títulos de MJ.

Com dois meses da temporada 2000-2001, Kobe já é o cestinha com quase 30 pontos de média por partida. É o maior candidato a MVP, apesar de o Los Angeles Lakers estar longe do time amedrontador da temporada passada. Motivo: a irregularidade causada pela troca de jogadores. E é normal um time campeão reduzir o ritmo. Isso aconteceu até mesmo com o Chicago Bulls de Michael Jordan.

O momento, por enquanto, é de Kobe. Nos playoffs, será a vez dele provar se pode mesmo ser comparado ao rei, quando terá a ajuda dos experientes Shaq e Ron Harper. Até lá, a hora é de se deliciar com o novo astro.

Nesta temporada, Bryant passou a ter uma função mais agressiva. Na maior parte do tempo, ele deixa de jogar como ala-arremessador e passa a ala-de-força, mas próximo da cesta. Isso lhe dá inúmeras oportunidades, principalmente nos rebotes e na tradicional ponte-aérea. Ele já tem uma coleção invejável de grandes enterradas. Como um certo Michael...

Kobe também está brilhante nos dribles. Não é um exagero dizer que ele pode ser chamado de Garrincha do basquete. Em seus últimos jogos, seus marcadores, muitas vezes, têm ficado literalmente no chão. Como um certo Michael fez com Byron Russel no memorável lance decisivo do jogo final da Era Jordan.

O brilho de Kobe acaba de lhe render o prêmio de melhor jogador da semana. Muito pouco para quem está arrebentando. E poderia ter sido melhor, não fosse um erro grosseiro da arbitragem no jogo contra o Portland, na segunda-feira de Natal, quando Bryant, com três pontos atrás, partiu para a cesta a sete segundos do final, marcou os pontos e ainda sofreu a falta. Seria o empate, não fosse o juiz que deu a falta de ataque. Talvez essa seja a única maneira de parar Kobe hoje em dia. Ou como diria o juiz de futebol Oscar Roberto Godoi, só mesmo à bala.

 

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