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Em dia de erros cruciais, Hulk flerta com rótulo de vilão

28 jun 2014 - 16h05
(atualizado às 16h25)
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<p>Hulk lamenta após pênalti perdido que quase foi fatal para o Brasil</p>
Hulk lamenta após pênalti perdido que quase foi fatal para o Brasil
Foto: AP

Erro no gol chileno, pênalti desperdiçado e um gol quase salvador, mas anulado pela arbitragem. No dia em que a Seleção Brasileira foi às cordas contra o Chile, no Mineirão, Hulk flertou com o rótulo de vilão, também foi valente em vários momentos e acabou feliz como todos os brasileiros na disputa por pênaltis.

O Brasil eliminou os rivais em um Mineirão pleno após empate por 1 a 1 em 120 minutos. Hulk, um desafogo para a Seleção em momentos difíceis do jogo, também teve erros cruciais. O pior deles justamente quando a equipe da casa parecia pronta para matar os chilenos nos pênaltis, mas acabou por aumentar o sofrimento da torcida.

“Foi um jogão, né? Entramos concentrados do inicio ao fim, e eu errei ao dar o passe por Marcelo que provocou o gol deles. Mas controlamos a partida. Tivemos um pênalti mal marcado e um gol que eu fiz e que para mim foi limpo. Foi uma classificação muito sofrida e eu aproveito para dar os parabéns ao Júlio, que nos salvou hoje”. Foi assim que o camisa 7 verde e amarelo resumiu a partida.

Desafogo nas horas difíceis e hesitante nos momentos chave

Depois de trinta minutos em que o Brasil era absoluto no Mineirão, o lance que apagou a equipe surgiu em uma simples cobrança de lateral no campo de defesa. Marcelo arremessou para Hulk e esperou de volta, mas a devolução foi fraca. Atentos, os chilenos se aproveitaram, e Alexis Sánchez recebeu no centro da área para vencer Júlio César ainda antes do intervalo.

Luiz Felipe Scolari se irritou à beira do gramado, chegou a fazer reclamações na direção de Marcelo e pouco a pouco o time vibrante do início de jogo se apagou. Quando tentava sair com a bola dominada, como Hulk e Marcelo fizeram no erro crucial, o Brasil se perdia. Luiz Gustavo e David Luiz, por exemplo, permitiram oportunidades aos chilenos. 

Na volta do intervalo, Hulk parecia disposto a não se entregar pelo vacilo. Foi com ele, nos momentos mais difíceis, que o ataque brasileiro contou na etapa final. Aos 10min, o Mineirão chegou a se levantar depois de um gol marcado, mas anulado por Howard Webb. As câmeras não levaram a uma conclusão definitiva, mas o paraibano teria ajeitado com o braço antes de finalizar de canela, mas com perfeição. 

“Eu dominei no ombro. A bola passou um pouco do meu peito e eu dominei aqui (no ombro). Na hora, achei que ele tinha marcado impedimento, mas depois falaram que o árbitro tinha apitado mão. Não foi mão”, explicou o jogador.

Durante o segundo tempo, Hulk marcou o gol da virada para o Brasil contra o Chile. Os jogadores da Seleção Brasileira chegaram a comemorar, mas o juiz anulou o tento por toque de mão de Hulk
Durante o segundo tempo, Hulk marcou o gol da virada para o Brasil contra o Chile. Os jogadores da Seleção Brasileira chegaram a comemorar, mas o juiz anulou o tento por toque de mão de Hulk
Foto: Eric Gaillard / Reuters

Aos 30min, Hulk arrancou pela ponta esquerda e colocou um passe preciso no segundo pau - Jô, que acabara de entrar, não conseguiu completar diante do goleiro Bravo. Já pelo lado oposto, onde consegue ser mais incisivo, coube novamente a Hulk um lance que levantou a torcida. Da entrada da área, o atacante limpou para o pé direito e chutou forte, mas Bravo pegou. 

Na prorrogação, Hulk voltou a flertar com o título de herói, mas também arrancou reclamações dos torcedores. Ele acertou um cruzamento preciso para Oscar, que cabeceou fraco, mandou um chute violento de fora da área, defendido por Bravo, e teve em seu pé direito a bola da vitória: em arrancada no contra-ataque, Neymar passou para ele, mas a conclusão foi travada por Diáz e o jogo foi para os pênaltis. 

Hulk foi valente em muitos momentos, mas particularmente não estava mesmo em um dia bom. Autor da quarta cobrança de pênalti, ele faria 3 a 1 para o Brasil se convertesse. Bravo catimbou e apontou para o canto esquerdo, mas o paraibano chutou no meio - e também nos pés do goleiro chileno. Socorrido imediatamente por Luiz Gustavo e David Luiz, ainda anestesiado, ele contou com o erro do zagueiro chileno Jara e a vitória por 3 a 2 para escapar do título de vilão. 

“São nessas horas que a gente vê a força do grupo. Depois que eu errei o pênalti, eles vieram e me apoiaram. Podia errar qualquer um, que seria assim. O Júlio fez duas defesas maravilhosas que nos ajudaram. Foi sofrimento até o fim, e com certeza vai ser assim daqui para frente", decretou Hulk.

Fonte: Terra
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